O mercado imobiliário está voltando a reaquecer no Brasil. Essa retomada se deve principalmente às reformas que ainda estão em andamento e à tendência de queda da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 4,5% ao ano, menor nível na história. Para os investidores que querem apostar em imóveis, mas sem se arcar com toda a burocracias exigida nos processos de compra e venda, os fundos de investimento imobiliário (FIIs) são uma boa opção.
Os fundos imobiliários representam um condomínio de investidores com o intuito de aplicar os recursos em empreendimentos imobiliários. Os FIIs são constituídos por cotas acessíveis a qualquer investidor que tenha cadastro em uma corretora de valores. O dinheiro é investido por meio da Bolsa de Valores é isento de Imposto de Renda e administrado por um gestor, que é o responsável por encontrar e realizar os investimentos mais interessantes e garantir uma boa rentabilidade para o fundo.
Normalmente os ativos adquiridos são os próprios empreendimentos imobiliários como shopping centers, edifícios comerciais, condomínios residenciais e galpões logísticos. No entanto, um FII também pode ter outros investimentos ligados a imóveis. Alguns fundos investem em títulos imobiliários como Letras de Crédito Imobiliário (LCI) ou Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) ou até mesmo em cotas de outros FIIs.
Existem diversos tipos de fundos imobiliários no mercado. Confira as quatro grandes modalidades:
Fundos de tijolo
Os fundos de tijolo são focados em empreendimentos físicos. A estratégia desses fundos é investir na aquisição, construção ou aluguéis de imóveis comerciais, como shopping centers, hospitais, universidades, prédios comerciais, agências bancárias, centros de distribuição, galpões e armazéns.
O grande objetivo de um fundo de tijolo é encontrar pessoas ou empresas interessadas em utilizar os imóveis adquiridos. Em troca, o fundo recebe uma renda mensal de aluguel para ser distribuída entre seus cotistas.
Fundos de papel
Um fundo de papel tem como estratégia investir em títulos financeiros vinculados ao mercado imobiliário, como como CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e a LH (Letra Hipotecária).
O lucro do fundo vem dos juros e dividendos pagos por esses título, ou da venda deles. Embora sejam um tipo de fundo imobiliário bastante conservador, continuam sendo de renda variável.
Fundos de desenvolvimento
Estes fundos não visam a renda passiva de aluguéis. Sua atividade consiste em comprar terrenos, realizar projetos e construir imóveis para depois vendê-los com lucro.
Eles são mais arriscados, pois envolvem o risco de embargos nas obras e todo o gerenciamento de uma construção. Como o risco é alto, o potencial de ganhos também é.
Fundos de fundos
Os fundos de fundos usam o patrimônio de seus cotistas para adquirir cotas de outros fundos imobiliários.
O grande atrativo é que dessa forma você pode se beneficiar da performance de FIIs destinados exclusivamente a investidores qualificados, ou seja, que possuem patrimônio investido maior.
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