Os principais mercados de ações internacionais avançavam nesta segunda-feira (30) na reta final de agosto após renovação de recordes em Wall Street, na semana passada, refletindo a fala do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, durante o simpósio anual de Jackson Hole.
Em discurso, Powell admitiu a possibilidade do início da redução gradual dos estímulos monetários, processo conhecido como “tapering”, nos EUA já em 2021, caso a economia norte-americana siga crescendo. Mas o dirigente adotou tom mais dovish em relação a outros membros do Fed, ao alertar para o impacto “particularmente prejudicial” de um aperto monetário prematuro neste momento, em que o mercado de trabalho nos EUA ainda se recupera e os casos de coronavírus sobem diante da disseminação da variante Delta.
Em suas considerações, o banqueiro central também reforçou que vê o atual avanço da inflação no país como transitório.
As palavras de Powell foram bem recebidas pelos investidores, sugerindo que não há pressa para elevar os juros nos EUA. Assim, as bolsas asiáticas também fecharam em alta nesta segunda-feira.
Além disso, a semana começa com investidores atentos aos estragos do furacão Ida no sul dos EUA, assim como na expectativa pelo Relatório de Emprego que será conhecido ao fim da semana.
Na agenda desta sessão, o índice de sentimento econômico da zona do euro, que mede a confiança de setores corporativos e dos consumidores, caiu do nível recorde de 119 pontos em julho para 117,5 em agosto, segundo dados publicados pela Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia.
Por volta de 8h15 (horário de Brasília), os futuros dos índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiam cerca de 0,1%. Já o índice europeu Euro Stoxx 600 operava estável, com viés de alta.
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