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Sequestrador se entrega e libera reféns em rodoviária no Rio

O sequestrador que mantinha 17 passageiros reféns na rodoviária do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira, 12, se entregou e foi preso, conforme a Polícia Militar. Idosos e crianças eram rendidos pelo criminoso, que não teve a identidade não foi revelada e teve a arma apreendida. Pelo menos duas pessoas se feriram.

O veículo da empresa Sampaio ia para outra cidade, mas o destino não foi confirmado pela PM. A corporação afirma que o terminal rodoviário (antes chamado de Novo Rio) foi totalmente esvaziado para as negociações do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da PM, com o sequestrador.

Um dos feridos, levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, é um homem de 34 anos. O paciente tem estado grave de saúde, passa por cirurgia e já recebeu seis bolsas de sangue. Uma segunda vítima, com ferimentos leves, recusou atendimento, segundo o governo estadual.

A rodoviária, na Avenida Francisco Bicalho, na região central da cidade, está fechada e cercada por policiais militares.

Passageiros relataram à Globo News que houve tiroteio e tumulto por causa da ação do criminoso. Imagens que circulam nas redes sociais também mostram a correria no saguão da rodoviária, usada por cerca de 38 mil passageiros diariamente – o número chega a 70 mil em fins de semana e feriados.

A prefeitura orientou que passageiros que tenham passagem prevista para as próximas horas remarquem a viagem.

Sequestro de ônibus 174, em 2000, durou quase 4 horas

O Rio de Janeiro já viveu outros episódios semelhantes no passado. Em junho de 2000, um ônibus da linha 174 foi sequestrado na Rua Jardim Botânico por volta das 14h20.

Dez passageiros ficaram sob o domínio do sequestrador Sandro do Nascimento por cerca de quatro horas, período em que policiais do Bope negociavam com o criminoso para a soltura dos reféns. O caso ganhou repercussão nacional, e o sequestro foi transmitido ao vivo pelas TVs.

O sequestrador saiu do veículo usando a professora Geise Firmo Gonçalves como escudo e ela acabou morta. Um dos policiais do Bope se aproximou do criminoso, mas acertou a refém ao efetuar o disparo.

Nascimento ainda deu outros três tiros contra Geise. O sequestrador foi colocado em um camburão e morreu asfixiado dentro do veículo. Os agentes foram acusados de homicídio qualificado, mas foram absolvidos pelo Tribunal do Júri do Rio.

Em caso mais recente, em 20 de agosto de 2019, outro ônibus foi sequestrado no Rio de Janeiro, na Ponte Rio-Niterói. O sequestrador, identificado como Willian Augusto da Silva, manteve 39 passageiros reféns por mais de três horas.

O criminoso acabou sendo alvejado por um atirador de elite do Bope quando saiu do veículo e morreu no local. Descobriu-se depois que ele portava uma arma de brinquedo. Os reféns não ficaram feridos. O caso ficou marcado pela cena do então governador, Wilson Witzel, com os braços erguidos comemorando a morte do sequestrador e a conclusão do caso sem outros feridos.

Por Fabio Grellet, Rariane Costa e Caio Possati

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