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Falta de chuva no Norte gera alerta no ONS

A falta de chuvas no Norte do País, que sofre a influência do fenômeno
climático El Niño, pode levar o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a adotar medidas
excepcionais em 2024, para preservar os reservatórios da região, disse ao Estadão/Broadcast
o diretor-geral do órgão, Luiz Carlos Ciocchi. O diagnóstico sobre como o Operador vai lidar
com a questão deve acontecer entre fevereiro e março do próximo ano, quando será possível fazer
uma avaliação melhor.

Segundo Ciocchi, os técnicos do ONS têm feito acompanhamento contínuo da situação e já levaram a
questão ao Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE): “Dependendo da quantidade de chuva
que entrar no começo do ano teremos de tomar algumas medidas. Não há sinal alarmante, mas
monitoramento é contínuo”.

Entre as medidas que têm sido consideradas estão algumas de ordem operativa, visando
principalmente poupar os reservatórios de cabeceira, seguindo as medidas que foram adotadas
durante a crise hídrica de 2021, e eventuais despachos (acionamento) de usinas térmicas. Segundo
ele, a adoção de um conjunto de medidas mais cedo permitiria utilizar as termoelétricas mais
baratas e segurar o acionamento daquelas com Custo Variável Unitário (CVU) maior, reduzindo o
impacto tarifário para os consumidores.

DESAFIO. Outro desafio para o ONS tem sido lidar com as mudanças no perfil de consumo de
energia no País, que tem se tornado cada vez mais complexo principalmente devido à expansão de
fontes não despacháveis e à geração distribuída (GD), termo dado à energia gerada no local de
consumo ou próximo a ele, de diversas fontes renováveis, como solar, eólica e hídrica.

Ciocchi diz que hoje o ONS já tem feito malabarismos para fazer o chamado “fechamento de ponta”,
uma vez que todos os dias, no fim da tarde, o desligamento dos sistemas de GD cria uma demanda de
aproximadamente 20 gigawatts (GW) por energia do sistema, em questão de três horas: “E temos de
colocar toda essa energia no sistema. Agora, imagine todo o preparo na sala de operação, e temos
de fazer isso de maneira coordenada”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Wilian Miron

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