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Taxas do Tesouro Direto sobem com tom mais duro da ata do Fomc

A expectativa de alta dos juros nos EUA impulsiona a alta das taxas do Tesouro Direto (Foto: Shutterstock)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto avançam nesta quinta-feira (6), diante do mau humor internacional com a ata da última reunião do Federal Open Market Comittee (Fomc, o conselho de política monetária dos EUA), além do tom negativo no cenário doméstico, com o recuo da produção industrial.

Na quarta-feira (5), os mercados globais foram surpreendidos pelo tom mais duro da ata do Fomc, que veio bem diferente do comunicado emitido após a reunião. O documento reforçou as apostas pela antecipação da fim do programa de compras de títulos públicos conduzido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), além de sinalizar que o início da alta dos juros nos Estados Unidos pode ser antecipada para março deste ano.

Com a perspectiva de um ciclo mais rápido e mais forte de alta dos juros na maior economia do planeta, cresce o clima de aversão ao risco nos mercados internacionais. Investidores esperam pela divulgação do payroll, o relatório de emprego dos Estados Unidos, na sexta-feira (7). Caso o relatório confirme as projeções do mercado e revele que a situação do mercado de trabalho norte americano é propícia para a retirada de estímulos, a expectativa pela antecipação da alta dos juros deve ganhar ainda mais força.

No cenário doméstico, contribui para o tom negativo o recuo de 0,2% da produção industrial no mês de novembro, contrariando as estimativas do mercado, que projetavam alta de 0,2% para o indicador. Os juros futuros operam em alta, dando fôlego para a subida das taxas do Tesouro Direto, enquanto o dólar oscila próximo da estabilidade.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 subia a 11,65% ao ano, de 11,59% na quarta-feira (5). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia rentabilidade anual de 11,40%, ante 11,33% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 5,34%, ante taxa de IPCA mais 5,25% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 subia a IPCA mais 5,47%, de IPCA mais 5,38% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta quinta-feira:

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