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Índice de fundos imobiliários opera em alta apesar de incerteza fiscal

Protestos de servidores e a fala do líder do governo na Câmara reforçam a perspectiva de aumento do gasto público neste ano (Foto: Freepik)

Após fechar em queda de 0,56% na véspera, aos 2.789 pontos, o Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 ensaiava uma recuperação nesta terça-feira (4), tentando retomar o patamar acima dos 2.800 pontos.

Com a liquidez ainda baixa nos primeiros dias do ano, o IFIX tenta dar continuidade ao movimento de recuperação iniciado em dezembro, mas se depara com um cenário doméstico tumultuado em meio aos protestos de servidores públicos reivindicando reajustes salariais, após o presidente Jair Bolsonaro ter anunciado um aumento para os policiais federais.

As reivindicações contribuem para a deterioração das perspectivas para a trajetória fiscal do País, uma vez que o Orçamento de 2022, já inflado pela aprovação da PEC dos precatórios, não teria espaço para comportar os reajustes pedidos por todas as categorias que se manifestaram até o momento. Além disso, o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP), declarou que é necessário repensar o teto de gastos, tendo em vista a alta arrecadação de impostos, em uma sinalização de que a principal âncora fiscal do País pode sofrer novos ataques em 2022.

A despeito do noticiário negativo, o IFIX avança diante da perspectiva de que a taxa Selic deve recuar para 8% ao ano em 2023, uma vez que a inflação seja contida e convirja para a meta, de acordo com o Relatório de Mercado Focus do Banco Central (BC).

Destaques

O Kinea Renda Imobiliária (KNRI11), do segmento de lajes corporativas, liderava as altas do IFIX, subindo 2,24%, a R$ 139,97. O RB Capital I (RFOF11), fundo de fundos, vinha logo em seguida, com alta de 2,20%, sendo negociado a R$ 74,29. A terceira maior valorização era do Vinci Logística (VILG11), do segmento de galpões logísticos, que subia 2,06%, sendo negociado a R$ 99,18.

Na outra ponta, a maior queda era do Autonomy Edifícios Corporativos (AIEC11), fundo de escritórios, que caía 2,28%, sendo negociado a R$ 73,73. A segunda maior desvalorização era do VBI Logístico (LVBI11), fundo de galpões logísticos, caindo 1,57%, sendo negociado a R$ 104,10. Por fim, a terceira maior desvalorização era do Green Towers (GTWR11), do segmento de lajes corporativas, que caía 1,05%, sendo cotado a R$ 88,24.

Ao fim da manhã, o IFIX subia 0,33%, aos 2.798 pontos.

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