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Taxas do Tesouro Direto sobem com Evergrande e Copom no radar

Apesar do clima de cautela predominante no exterior, a aprovação da PEC dos Precatórios traz alívio ao mercado doméstico (Foto: Shutterstock)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto subiam nesta segunda-feira (6), diante da piora das projeções para a economia brasileira e da cautela com o possível colapso da incorporadora Evergrande. Investidores esperam ainda pela última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em 2021.

O mercado aguarda promulgação da PEC dos Precatórios no Senado, após a aprovação do texto na semana passada, enquanto digere as projeções negativas trazidas pelo Relatório de Mercado Focus. Para o ano que vem, o Focus elevou as projeções para a inflação, de 5,00% para 5,02%, e para o dólar, de R$ 5,50 para R$ 5,55, além de reduzir a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, de 0,58% para 0,51%.

Além disso, o Copom se reúne na terça-feira (7), para a definir a taxa Selic, com expectativa de nova elevação em 1,5 ponto percentual, o que levaria a taxa de juros a 9,25% ao ano. Em meio à expectativa pela reunião, os juros futuros subiam.

No exterior, investidores monitoram a situação da incorporadora chinesa Evergrande, que comunicou que não há garantias de que terá fundos o suficiente para continuar a cumprir com suas obrigações financeiras. Com o aumento da aversão ao risco no exterior, o dólar se valorizava ante o real.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 subia a 11,10% ao ano, de 11,06% na sexta-feira (3). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia rentabilidade anual de 11,01%, ante 10,97% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,89%, ante taxa de IPCA mais 4,91% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 subia a IPCA mais 5,15%, de IPCA mais 5,09% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta segunda-feira:

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