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Menos endividadas, empresas estão mais sólidas (e rentáveis) contra crise

Ações de empresas excessivamente alavancadas são mais voláteis, dizem analistas (Foto: Shutterstock)

As empresas brasileiras listadas na B3 estão em uma situação muito melhor do que há alguns anos, com endividamento menor e margens maiores, para enfrentar um cenário de crise, segundo avaliação do BTG Pactual.

Em levantamento que reúne as companhias do universo de cobertura do banco, excluindo Petrobras e Vale, os analistas observam que a alavancagem tem caído consistentemente nos últimos anos – e deve prosseguir assim.

De acordo com o BTG, a dívida consolidada cresceu 5,1% no ano passado em meio à pandemia de Covid-19. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), no entanto, aumentou muito mais (13,5%), resultando em um indicador de dívida líquida sobre Ebitda de 1,8 vez em 2020, ante 2 vezes em 2019.

Para este ano, a expectativa é que esse indicador de endividamento mergulhe para 1,2 vez, com as companhias mais lucrativas do que anos atrás. A instituição financeira prevê uma expansão de 13,5% da margem líquida neste ano, em comparação com 6,1% em 2019.

Um ambiente de empresas menos endividadas e mais rentáveis representa uma boa notícia para o momento atual dos mercados sob ameaça de agravamento de problemas ligados à sustentabilidade das contas públicas, após a mudança do regime fiscal.

“Ações de empresas que são excessivamente alavancadas tendem a ser mais voláteis, especialmente em tempos incertos, enquanto empresas de setores com vendas mais resilientes e previsíveis, como energia e saneamento ou infraestrutura, podem lidar confortavelmente com maior alavancagem”, diz relatório do banco nesta segunda-feira (25), assinado por Carlos Sequeira e Osni Carfi.

Mais endividadas

No levantamento, os setores aéreo (Gol, Azul) e educacional (Anima, Cogna) e as empresas Embraer, Hidrovias do Brasil, Helbor, Alupar e BRF se destacam na ponta das empresas mais alavancadas no modelo do BTG Pactual.

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