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Com risco fiscal, Credit Suisse prevê alta maior da Selic e PIB menor

O Credit Suisse vê piora dos fundamentos macroeconômicos do Brasil diante da mudança no regime fiscal, o que exigirá um esforço mais incisivo do Banco Central para ancorar as expectativas de inflação, com impacto sobre consumo e investimentos.

Em relatório, a equipe do banco suíço diz que agora estima 2 elevações da taxa Selic de 1,25 ponto percentual neste ano, seguida por mais 2 em 2022, de 1 ponto e 0,75 ponto. Assim, o juro básico brasileiro terminaria 2021 em 8,75% ao ano e chegaria em 10,50% em março do ano que vem. Em razão das alterações previstas para o teto de gastos, os economistas também pioraram as projeções para o câmbio e para a inflação.

Para o PIB, o Credit Suisse reduziu a expectativa de expansão neste ano, de 5,3% para 5%. Já para 2022, a estimativa de crescimento da economia caiu de 1,1% para 0,6%.

“Esperamos que o aperto das condições financeiras, o aumento da inflação e as incertezas vão afetar o consumo e os investimentos neste ano e no próximo. Por fim, a deterioração dos fundamentos é mais compatível com taxas neutras mais altas e expectativas de inflação mais altas, que provavelmente exigirão uma política mais assertiva da autoridade monetária para ancorar as expectativas e trazer a inflação de volta à meta em 2023”, escreve o time do banco nesta sexta-feira (22).

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