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IFIX ronda a estabilidade diante da perspectiva de juros mais altos

A perspectiva de uma Selic mais alta prejudica os FIIs que oferecem uma rentabilidade menor no curto prazo (Foto: Shutterstock)

Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 operava em leve queda nesta terça-feira (28), com investidores atentos ao tom mais “hawkish” da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O índice fechou em alta de 0,09% na véspera, aos 2.711 pontos.

A ata antevê mais uma elevação da taxa Selic em 1 ponto percentual na próxima reunião do Copom, de 6,25% para 7,25% ao ano, e diz que “os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação“, sinalizando que o aperto monetário pode ser mais rigoroso caso a alta dos preços persista. A perspectiva de juros mais altos, entretanto, não afeta o IFIX de maneira drástica no momento atual, uma vez que o mercado de fundos imobiliários já vinha em queda nos últimos meses.

De olho nos solavancos do mercado internacional em meio à crise da incorporadora chinesa Evergrande, Felipe Solzki, sócio e gestor de fundos imobiliários da Galapagos Capital, avalia que o colapso da empresa não deve ter impacto direto sobre o mercado de fundos imobiliários brasileiro, mas enxerga que uma eventual crise no setor de construção civil da China pode afetar a economia brasileira como um todo.

Sobre a possibilidade dessa crise afetar ou não os FIIs, Solzki diz que é importante avaliar até qual ponto a perspectiva de uma crise imobiliária afetaria a atividade econômica brasileira, especialmente se tratando da exportação de commodities. Caso o colapso da companhia contamine outras empresas do mercado asiático e leve o setor imobiliário a uma nova crise, a atividade econômica brasileira pode desacelerar, reduzindo a demanda por novos ativos imobiliários e prejudicando a recuperação dos fundos.

Destaques

O Brazil Realty (BZLI11), fundo híbrido, liderava as altas do IFIX, subindo 1,25%, aos R$ 16,20. O RBR Properties (RBRP11), fundo de lajes corporativas, exibia a segunda maior alta, com valorização de 1,15%, sendo negociado a R$ 76,95. A terceira maior valorização era do BTG Pactual Fundo de Fundos (BCFF11), fundo de fundos, que subia 0,97%, sendo cotado a R$ 72,20.

Na outra ponta, a maior queda era do Santander Renda de Alugueis (SARE11), fundo de lajes corporativas, que caía 1,51%, sendo negociado a R$ 74,84. A segunda maior desvalorização era do Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), fundo de papéis, recuando 1,13%, sendo cotado a R$ 96,38. Por fim, a terceira maior desvalorização era do Ourinvest JPP (OUJP11), também do segmento de recebíveis imobiliários, que recuava 0,98%, sendo cotado a R$ 89,09.

Ao fim da manhã, o IFIX recuava 0,07%, aos 2.709 pontos.

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