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Taxas do Tesouro Direto sobem com cautela por Evergrande e IPCA-15

Cresce o temor em torno da possibilidade de calote por parte da Evergrande (Foto: Shutterbug75/Pixabay)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto subiam nesta sexta-feira (24), em linha com a alta dos juros futuros e a valorização do dólar ante o real. Os mercados globais voltam a operar com cautela em meio ao risco de colapso da incorporadora chinesa Evergrande.

A Evergrande acumula um total de US$ 300 bilhões em passivos, uma dívida que vem sendo considerada impagável, o que levou as autoridades chinesas a alertar os governos locais para que se preparem para o colapso da companhia. A incorporadora deveria ter realizado o pagamento de juros referentes a uma parte de suas dívidas na quinta-feira (23), porém ainda não houve confirmação de que o pagamento foi efetuado, aumentando o receio com a possibilidade de calote. Em meio ao clima de desconfiança, investidores ao redor do globo buscam por ativos de menor risco visando proteger seu patrimônio.

No cenário doméstico, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 1,14% em setembro, o resultado mais alto para o indicador no mês desde 1994. A aceleração da inflação, somada ao receio com a crise hídrica e o desemprego ainda elevado no País, contribui para a deterioração da confiança dos consumidores. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 6,5 pontos em setembro ante agosto, indo a 75,3 pontos.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 subia a 9,96% ao ano, de 9,91% na quinta-feira (23). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 10,27%, ante 10,22% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,63%, ante taxa de IPCA mais 4,58% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 subia a IPCA mais 4,86%, de IPCA mais 4,76% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta sexta-feira:

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