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Taxas do Tesouro direto recuam, devolvendo parte de altas recentes

As taxas do Tesouro Direto recuam, apesar do sentimento de incerteza com relação à situação fiscal do País (Foto: Shutterstock)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto recuavam nesta quinta-feira (26), indo na contramão do dólar e das incertezas sobre o cenário político e sobre a situação fiscal no Brasil.

Contribuíam para o recuo das taxas do Tesouro Direto as recentes sinalizações de compromisso com a responsabilidade fiscal por parte do governo federal, além da divulgação antecipada do volume menor de títulos públicos ofertados no leilão do Tesouro Nacional. Serão ofertados títulos dos tipos Tesouro Prefixado, Tesouro Prefixado com pagamento de juros semestrais e Tesouro Selic. As taxas de juros oscilam próximas dos ajustes da véspera.

Por outro lado, o movimento observado hoje pode ser definido como uma devolução de altas recentes, e não como reflexo de uma perspectiva mais otimista para os mercados brasileiros. O País segue sofrendo com a alta da inflação, agravada pela crise hídrica, que torna a energia elétrica mais cara. Essa conjuntura reforça a perspectiva de uma resposta mais agressiva por parte do Comitê de Política Monetária (Copom) já na próxima reunião.

Além disso, o dólar se valoriza em comparação com o real, acompanhando uma tendência do exterior, mas refletindo também a insegurança com a economia brasileira. Foi divulgado o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre, com crescimento de 6,6% em dados anualizados. O número de pedidos de seguro desemprego no país ficou em 353 mil na última semana, ligeiramente abaixo das projeções.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 recuava a 9,38%, de 9,48% na quarta-feira (25). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 9,67%, ante 9,80% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,33%, ante IPCA mais 4,44% na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 recuava a IPCA mais 4,54% ao ano, de IPCA mais 4,65% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta quinta-feira:

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