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Vinci Partners tem lucro líquido de R$ 53,4 milhões no 2º trimestre, alta de 53%

Em seis meses, o lucro foi de R$ 100,4 milhões (Foto: Shutterstock)

A Vinci Partners, que abriu seu capital em janeiro deste ano na Nasdaq, fechou o segundo trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 53,4 milhões, representando uma alta de 53% em relação ao mesmo período do ano passado. Em seis meses, o lucro foi de R$ 100,4 milhões, um crescimento de 53% em relação ao mesmo período no ano anterior.

O lucro relacionado a gestão e assessoria totalizaram R$ 55,2 milhões, alta de 67% em comparação ao mesmo intervalo de 2020. A margem do lucro relacionado à gestão foi de 54,6% no segundo trimestre de 2021, comparada a 49,1% no segundo trimestre de 2020, representando um aumento de 5,4 pontos porcentuais, evidenciando o grande potencial de escala da plataforma.

A receita líquida de gestão e assessoria totalizou R$ 101,2 milhões no trimestre encerrado em 30 de junho, representando um aumento de 56% no período, devido ao forte de crescimento no “fee earning” dos ativos sob gestão.

“O nosso resultado é explicado de forma diferente. Olhamos o desempenho a partir de taxa de administração, que é o que tem maior recorrência e maior valor em nosso balanço e crescemos 67% nessa linha”, explicou o sócio da Vinci Partners, Bruno Zaremba, em conversa com o Broadcast.

Segundo ele, o nível elevado de atividade nos mercados e o fato de a plataforma de negócios da Vinci ser diversificada contribuem para o crescimento forte nos resultados visto neste trimestre. Outro ponto importante, de acordo com ele, é que o negócio não teve impacto relevante da covid-19 , diferentemente de outras empresas que registraram ganhos extraordinários neste trimestre dada a baixa base de comparação.

“Nosso negócio tem estabilidade de receita, as nossas vendas são de longo prazo e estamos investido para prazo de cinco a seis anos”, pontuou. Zaremba destacou ainda o mix de ativos nos quais estão investidos os fundos e de negócios, que vão de fundos alternativos, com estratégias de longo prazo, fundos de ações, de hedge e o negócio de assessoria financeira, para ilustrar tal estabilidade.

Para ele, essa deve ser também a tônica dos próximos trimestres, ainda que a volatilidade dos mercados tenha aumentado.

“O nosso negócio é muito diversificado, então sempre tem uma vertical nossa se beneficiando do momento. O que vemos e está afetando positivamente o nosso negócio é a queda do juro nominal e real e a baixa participação dos investidores brasileiros em ativos alternativos, onde somos focados”, diz.

Ele cita que o total de ativos sob gestão no Brasil está na casa de R$ 6,3 trilhões, enquanto o porcentual que estão em fundos e ativos alternativos é 14%. “É um número muito abaixo das economias mais desenvolvidas, onde chega a 40%”, acrescenta. Zaremba afirma que as pessoas físicas e os Family offices, assim como os investidores institucionais brasileiros estão fazendo movimento gradual de migração da poupança para ativos alternativos.

Para ele, essa migração deve se perpetuar, ainda que o juro tenha assumido trajetória de alta, incluindo o juro real. “O movimento de transformação de alocação de longo prazo é preponderante à alocação de curto prazo”, afirma Zaremba. Segundo ele, o nível de subalocação em ativos alternativos é muito grande e um juro real em 4,5% ou 5,5% não deve fazer diferença frente a retornos quem alcançam 50% em fundos de private equity.

Por Cynthia Decloedt

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