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Inter e Itaú revisam projeções de olho em inflação, risco fiscal e vacinação

O risco fiscal no Brasil segue preocupando investidores e analistas (Foto: Gerd Altmann/Pixabay)

Os bancos Inter e Itaú revisaram suas projeções para a economia brasileira em meio à preocupação com a inflação persistente e o agravamento do risco fiscal, mantendo, porém, o otimismo com a vacinação contra a Covid-19.

O Inter elevou sua projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 de 6,7% para 6,9%, ao mesmo tempo em que manteve a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 5,3%. Para este ano, o Itaú também projeta inflação de 6,9%, mas reajustou sua estimativa de crescimento do PIB de 5,8% para 5,7%.

A equipe do Inter, chefiada pela economista Rafaela Vitória, avalia que o setor de serviços deve seguir liderando a retomada da atividade econômica no segundo semestre deste ano, se beneficiando da reabertura dos estabelecimentos decorrente do avanço da vacinação no País. Entretanto, de olho na política monetária contracionista adotada pelo Banco Central para combater a alta da inflação, a projeção de crescimento do PIB em 2022 foi revisada de 2,5% para 2%. A equipe do Itaú, sob a liderança do economista Mario Mesquita, projeta desaceleração do crescimento em 2022 para 1,5%, ante 2% no último relatório.

Se tratando da situação fiscal do País, o Itaú revisou a estimativa de déficit primário neste ano de 1,8% do PIB (R$ 152 bilhões) para 1,4% do PIB (R$ 124 bilhões). Apesar da perspectiva de redução do déficit, a equipe do banco enxerga que a disciplina fiscal do País corre riscos, em meio às discussões em torno da possibilidade de rompimento do teto de gastos e abandono da chamada “regra de ouro”, que impede o governo federal de emitir dívida nova para pagar despesas correntes. A equipe do Inter vai na mesma direção, e afirma que o risco fiscal ainda é o principal fator que pode impactar o cenário de recuperação econômica.

As novas estimativas dos bancos estão em linha com o Relatório de Mercado Focus, do Banco Central, que elevou sua projeção para a inflação deste ano, de 6,88% para 7,05%, e reduziu a estimativa para o crescimento do PIB de 5,30% para 5,28% em 2021. A taxa Selic projetada para o fim deste ano subiu de 7,25% para 7,50%.

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