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Taxas do Tesouro Direto sobem com agravamento do risco fiscal

As preocupações com a situação fiscal do País e com a possibilidade de uma resposta mais agressiva por parte do Copom para conter a alta da inflação abrem caminho para a alta das taxas do Tesouro (Foto: Shutterbug75/Pixabay)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto subiam nesta sexta-feira (13), acompanhando o movimento de alta dos juros futuros em decorrência da preocupação com a situação fiscal do País e com a elevação da inflação.

Os investidores continuam avaliando a discussão a respeito da reforma do imposto de renda na Câmara dos Deputados, após o adiamento da votação que estava prevista para quinta-feira (12) para a próxima terça-feira (17), e observam ainda o debate acerca da chamada PEC dos precatórios, que pode viabilizar o rompimento do teto de gastos e o abandono da “regra de ouro”, abrindo caminho para um aumento do endividamento público e agravamento da crise fiscal.

O avanço das taxas de juros curtas e médias também contava com o apoio do resultado do índice de atividade do Banco Central (IBC-Br), que subiu 1,14% em junho ante maio, superando a mediana das estimativas, que indicava alta de 0,50%. A preocupação com a situação fiscal também impedia o recuo do dólar ante o real, e a moeda norte-americana exibia viés de alta após passar por oscilações.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 subia a 9,30% ao ano, de 9,22% na quinta-feira (12). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 9,67%, ante 9,57% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,41%, ante taxa de IPCA mais 4,32% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 subia a IPCA mais 4,62% ao ano, em comparação com IPCA mais 4,52% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta sexta-feira:

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