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IFIX opera em queda após tom “hawkish” da ata do Copom

O IFIX sofre com a perspectiva de migração de investidores para a renda fixa em meio à alta da Selic (Foto: Freepik)

Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 operava em baixa nesta terça-feira (10), ainda refletindo a incerteza dos investidores com o impacto do ciclo de alta da taxa Selic sobre os fundos imobiliários. O índice fechou em queda de 0,33% na segunda-feira (9), aos 2.770 pontos.

Os investidores enxergam o mercado de FIIs com insegurança em meio à alta dos juros no País, reforçada pela ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que trouxe um tom mais “hawkish”, antevendo outro ajuste da mesma magnitude (1 ponto percentual) para a próxima reunião, o que elevaria a Selic para 6,25% ao ano. Fabiana Araújo, especialista de fundos imobiliários da Messem, destaca que com a perspectiva de juros mais altos, “naturalmente ocorre um movimento de saída de investimentos considerados ‘mais arriscados’ para investimentos mais conservadores”.

Reconhecendo o momento de alta volatilidade dos mercados, Giuliano Bandoni, gestor de fundos imobiliários da Rio Bravo, avalia que por mais que o mercado esteja passando por um momento de aperto monetário, com o Banco Central (BC) elevando a taxa básica de juros, as projeções para a Selic no final do ano ainda são baixas se comparadas ao histórico brasileiro. “Dado que os juros devem permanecer em um patamar historicamente baixo, o cenário continua sendo positivo para os fundos imobiliários. Você encontra fundos imobiliários que pagam um dividend yield de 7,5%, e não são poucos. Vale mencionar ainda que esse dividend yield é líquido, é livre de imposto de renda”, complementa.

Destaques

O Rio Negro (RNGO11), fundo proprietário de duas torres comerciais no Centro Administrativo Rio Negro, liderava as altas do IFIX, subindo 1,84%, aos R$ 61,14. O Votorantim Logística (VTLT11), fundo do segmento de galpões logísticos, exibia a segunda maior alta, com valorização de 1,15%, sendo negociado a R$ 104,20. A terceira maior valorização era do CSHG Prime Offices (HGPO11), do segmento de lajes corporativas, que exibia alta de 0,94%, sendo cotado a R$ 223,84.

Na outra ponta, a maior queda era do Urca Prime Renda (URPR11), fundo de papéis, caindo 1,4% e sendo negociado a R$ 117,33. A segunda maior desvalorização era do VBI CRI (CVBI11), outro fundo de papéis, que caía 1,39%, a R$ 102,1. Por fim, a terceira maior desvalorização era do Kinea FII (KFOF11), fundo de fundos, que recuava 1,23%, sendo cotado a R$ 88,57.

Ao fim da manhã, o IFIX recuava 0,16%, aos 2.764 pontos.

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