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Taxas do Tesouro Direto sobem com risco de rompimento do teto de gastos

As taxas do Tesouro Direto acompanhavam o movimento dos juros futuros e a alta do dólar frente o real (Foto: Shutterbug75/Pixabay)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto subiam nesta sexta-feira (6), acompanhando a alta dos juros futuros e a valorização do dólar ante o real em meio às tensões políticas e o Relatório de Emprego dos EUA acima do esperado.

No cenário doméstico, a preocupação com o avanço da inflação e a perspectiva de subida da taxa Selic para além do patamar neutro abrem caminho para a elevação das taxas de juros. Além disso, pesa o receio com a instabilidade política, em meio aos embates entre o presidente Jair Bolsonaro e membros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o voto impresso. Outro ponto que merece atenção é a fragilidade das contas públicas brasileiras e o risco de rompimento do teto de gastos. A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado alerta que o teto sofrerá um “golpe importante” caso o governo insista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o parcelamento de precatórios.

No exterior, o destaque é o Relatório de Emprego dos Estados Unidos (“Payroll”) do mês de julho, que veio acima das projeções. O país criou 943 mil postos de trabalho no período, e o número de empregos criados em junho também foi revisado para cima, de de 850 mil para 938 mil vagas. Esse resultado, embora pareça animador, já que contribui para a perspectiva de que a economia norte-americana está se recuperando da pandemia do coronavírus, é um estímulo para a valorização do dólar, indicando que os estímulos monetários do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) podem ser retirados antes do previsto.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 subia a 9,20% ao ano, de 9,15% na quinta-feira (5). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 9,50%, ante 9,42% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,27%, ante taxa de IPCA mais 4,19% observada na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 subia a IPCA mais 4,45% ao ano, em comparação com IPCA mais 4,38% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta sexta-feira:

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