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Taxas do Tesouro Direto recuam com dólar e juros apesar do cenário externo

As taxas do Tesouro Direto recuam, enquanto investidores aguardam a decisão do Copom (Foto: Shutterbug75/Pixabay)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto recuavam nesta quarta-feira (4), seguindo o tom mais ameno do cenário doméstico e acompanhando o viés de baixa dos juros futuros.

Os mercados brasileiros vivem um dia mais tranquilo após as tensões políticas da véspera, aguardando a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic. Na terça-feira (3), o País foi chacoalhado pelo debate acalorado entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Barroso, acerca do voto impresso, pelo agravamento do risco fiscal trazido pela promessa de aumento do valor do Bolsa Família, e ainda pela polêmica envolvendo as mudanças no pagamento de precatórios devidos pela União com o Projeto de Emenda à Constituição (PEC) apresentado pelo governo federal.

No exterior, destaca-se o resultado abaixo do esperado relatório ADP Employment, que mede a criação de postos de trabalho nos Estados Unidos, para o mês de julho. Segundo o relatório, o país criou 330 mil vagas no setor privado, bem abaixo da expectativa do mercado, que falava em 650 mil novos postos de trabalho. O resultado decepcionante trouxe pressão de alta momentânea para o dólar, mas a moeda norte-americana logo voltou a recuar frente o real.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 recuava a 8,84% ao ano, de 8,93% na terça-feira (3). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 9,14%, ante 9,23% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,03%, ante IPCA mais 4,09% na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 recuava a IPCA mais 4,25% ao ano, de IPCA mais 4,33% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta quarta-feira:

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