Os juros futuros encerraram a sessão regular com taxas perto da estabilidade, após uma sequência de fechamentos em alta que levou as taxas curtas a renovarem os picos do ano esta semana.
Os juros operaram levemente pressionados para cima ao longo do dia, mas na última hora de negócios houve alívio após o comunicado do Federal Reserve e a entrevista do presidente da instituição, Jerome Powell, terem reforçado a ideia de que a política monetária nos Estados Unidos seguirá bastante estimulativa.
A reação do mercado de juros aos eventos do Fed foi, no geral, contida, ao contrário da Bolsa e do câmbio. As taxas curtas reduziram o ritmo de alta e as longas passaram a rondar os ajustes, depois que Powell renovou o compromisso de manter o apoio à recuperação à economia e afirmar que a instituição será tolerante com a inflação acima de 2% “por algum tempo”.
O presidente do Fed destacou também que o “mercado de trabalho ainda tem um caminho pela frente” para melhorar e que o Fed ainda vai discutir o momento de começar a reduzir a compra de ativos. Entre outros sinais dovish, afirmou que “subir juros não é algo que esteja em nossos radares neste momento”.
O miolo da curva ainda preservou um viés de alta, atribuído à expectativa de aperto maior na Selic e preocupações com a inflação, que têm consolidado as apostas de elevação da taxa em 1 ponto porcentual no Copom da semana que vem, ou até 1,25 ponto nas apostas minoritárias.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 fechou em 6,245%, de 6,239% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2023 passou de 7,645% para 7,68%. O DI para janeiro de 2025 encerrou com taxa de 8,45%, de 8,425% ontem, e a taxa do DI para janeiro de 2027 ficou estável em 8,76%.
Por Denise Abarca
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