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Taxas do Tesouro Direto sobem com inflação acima do esperado nos EUA

A alta da inflação nos Estados Unidos afeta os títulos públicos brasileiros (Foto: Shutterstock)

As taxas de retorno dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto subiam nesta terça-feira (13), de olho no impacto da inflação dos Estados Unidos sobre mercados globais e na discussão da reforma tributária no Congresso.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA teve alta de 0,9% em junho, acima das previsões de economistas, que apontavam para uma inflação de 0,5% no período. A inflação mais alta gera cautela nos mercados, que podem enxergar na alta de preços um incentivo para a retirada antecipada dos estímulos monetários do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), reduzindo assim a liquidez global. O dólar se valorizava ante o real após a divulgação do dado, enquanto as taxas de juros oscilavam.

Por outro lado, o volume de serviços prestados no Brasil subiu 1,2% em maio ante abril, segundo o IBGE, acima das projeções, que giravam em torno de 1,0%, dando indícios de recuperação da economia brasileira.

Além disso, notícias sobre possíveis alterações na proposta de reforma tributária encaminhada pelo governo ao Congresso contribuem para aliviar a pressão exercida pelo exterior sobre os mercados brasileiros. Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, diz que, segundo fonte, a reforma deve trazer um corte de 12,5% no imposto de renda de pessoa jurídica (IRPJ), mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria aventado a possibilidade de um corte de 20%. “Contudo, essa hipótese está vinculada à eliminação ou redução de benefícios tributários”, complementa.

Além disso, o Tesouro Nacional oferta nesta quinta-feira, em leilão, títulos públicos do tipo Tesouro IPCA+, com vencimentos para 2026, 2030 e 2055.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 subia a 8,39% ao ano, de 8,34% na segunda-feira (12). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 8,78%, em comparação com 8,72% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 3,78%, ante IPCA mais 3,73% na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 subia a IPCA mais 4,20% ao ano, de IPCA mais 4,16% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta terça-feira:

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