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Novo fundo quantitativo ESG da Pandhora tem foco na questão ambiental

O fundo penaliza papéis de empresas que não estejam alinhadas com as melhores práticas de preservação ambiental (Foto: Divulgação)

A Pandhora Investimentos, gestora de fundos quantitativos, lançou o fundo de investimento previdenciário Pandhora Long Bias ESG Previdência, ampliando as opções aos investidores interessados em investir sob as melhores práticas em meio ambiente, social e governança (ESG, na sigla em inglês). “O nosso viés, aqui na Pandhora, é mais ambiental”, diz em entrevista ao Mercado News o analista da casa responsável pela estratégia ESG, Flávio Duarte.

O novo produto, lançado em parceria com a XP Investimentos, se destaca por aliar as estratégias de análise quantitativa da Pandhora aos filtros ESG, que analisam a relação das empresas com o meio ambiente e com a sociedade, além de suas práticas de governança.

Por ser um fundo quantitativo, a seleção das ações que são compradas ou vendidas é feita por algoritmos, diferentemente dos fundos tradicionais, nos quais as decisões são tomadas pelo gestor de acordo com sua análise do mercado. À análise desses algoritmos, somam-se os filtros ESG, que penalizam empresas que não tem um bom histórico de práticas ambientais, sociais e de governança.

“Fizemos uma lista de empresas que nós entendemos que atuam em setores que exploram o meio ambiente, e na construção do nosso portfólio nós estamos penalizando essas empresas. Entram nesse grupo empresas de mineração, siderurgia, petróleo e gás, proteína, bebidas e transporte aéreo. Então, por exemplo, se o algoritmo diz que eu tenho que ter 1% de Vale, eu terei 0,25% de Vale no meu portfólio”, afirma Duarte.

O analista cita a falta de padronização e histórico dos dados de ESG das empresas brasileiras como os grandes desafios na hora de realizar uma análise dos ativos, o que dificulta o estudo do impacto das empresas sobre o meio ambiente ao longo dos anos.

Alocação do patrimônio

Se tratando de investimento em ações, Duarte destaca que o fundo leva em consideração 2 temas principais: valor e momento. “[Empresas de momento são] empresas que tiveram um bom desempenho passado e que acreditamos que continuarão tendo um bom desempenho. […] Quando olhamos para o outro tema, que é o valor, nós buscamos investir em empresas que estejam baratas.” Duarte complementa dizendo que a carteira de ações do fundo é altamente diversificada, contando com cerca de 80 ativos, atualmente, e também dinâmica, com mudanças frequentes nos papéis que a compõem.

Além da alocação em ações de empresas listadas na B3, o analista destaca que o Pandhora Long Bias ESG Previdência também investe em ativos no exterior, principalmente em moedas, com um grau de exposição ao mercado de juros internacionais. Por ter uma alocação de cerca de 40% do patrimônio em ativos no exterior, o fundo acaba sendo destinado exclusivamente a investidores qualificados.

Rentabilidade e volatilidade

Como é um produto de longo prazo, voltado para a aposentadoria, e que diversifica suas aplicações entre ações e ativos internacionais, o objetivo do fundo é oferecer uma rentabilidade acima do chamado juro real. Isso motivou a equipe da Pandhora a estabelecer a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais o yield do IMA-B, índice que representa o desempenho dos títulos públicos atrelados à inflação, como benchmark.

O produto também apresenta volatilidade relativamente alta por conta de sua exposição à Bolsa, tornando-o um investimento voltado para pessoas que tenham maior apetite por risco. É esperada uma volatilidade entre 15% e 20% ao ano.

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