Um total de 44% das empresas que compõem o universo de cobertura de ações da corretora XP Investimentos apresentaram resultados do primeiro trimestre acima do esperado, enquanto 33% vieram em linha com as projeções e apenas 23%, abaixo.
O resultado é tido como positivo, já que os primeiros 3 meses de 2021 foram marcados pelo agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil e em outras partes do mundo, e também pela preocupação com a aceleração da inflação global, com foco nos Estados Unidos.
Em relatório, a equipe de análise da XP aponta que a receita das empresas superou as projeções da XP em 3,1%, em média, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi, em média, 10,6% superior às expectativas.
Destaques
Os setores ligados às commodities apresentaram os melhores resultados no período, especialmente pela alta na demanda de EUA e China e pelo câmbio depreciado, que favorece empresas exportadoras. Todas as empresas analisadas pela XP do setor de mineração e siderurgia reportaram resultados acima ou em linha com as projeções da corretora, impulsionados pela alta dos preços do minério de ferro e do cobre.
No setor de bebidas e alimentos, destacam-se a Marfrig (MRFG3), que teve um desempenho forte no mercado norte-americano, e a Ambev (ABEV3), que apresentou resultados sólidos apesar das medidas restritivas que limitaram o funcionamento de bares e restaurantes.
No varejo, as melhores performances vieram do setor de supermercados, com destaque para Assaí (ASAI3) e GPA (PCAR3), e de empresas ligadas ao e-commerce. O varejo físico considerado não essencial apresentou resultados mais fracos, em decorrência da pandemia de Covid-19.
Outros setores destacados no relatório são o financeiro e o de saúde, que apresentaram resultados mistos, e o de transportes e logística, com balanços sólidos. Neste último, chama a atenção o balanço da Unidas (LCAM3).
Siga o Mercado News no Twitter e no Facebook e assine nossa newsletter para receber notícias diariamente clicando aqui.
Be First to Comment