As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta terça-feira, 23, após operar grande parte do dia em baixa, com grande atenção aos Treasuries. No entanto, as declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, foram vistas como acomodatícias, e estimularam os mercados. Companhias aéreas e petroleiras tiveram ganhos, em meio à expectativa de melhora no cenário pandêmico. Entre as empresas de tecnologia, as disputas pelos pagamentos por notícias em suas plataformas ganharam atenção.
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O índice Dow Jones fechou em alta de 0,05%, aos 31.537,35 pontos. O S&P 500 teve ganho de 0,13%, a 3.881,37 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,50%, a 13.465,20 pontos.
As bolsas abriram em baixa nesta terça, seguindo a tendência de alta nos rendimentos dos Treasuries, que vem afetando os mercados acionários. “Nosso cenário base é que as taxas continuarão subindo devido ao crescimento e às expectativas de inflação e, eventualmente, à normalização Fed”, avalia a LPL Markets, que cita as altas nos juros dos títulos de 10 anos em um ano.
No entanto, o quadro se alterou com o testemunho de Powell ao Senado nesta terça. Mantendo sua postura dovish, o presidente do Fed notou que há um “longo caminho a percorrer” até a recuperação, em quadro de desemprego ainda bastante alto nos EUA, notando que a recuperação “desacelerou substancialmente” no país.
Com o petróleo fechando em mais uma alta em Londres e Nova York, companhias do setor tiveram altas, e Chevron (1,19%) e ExxonMobil (1,47%) avançaram.
Segundo perspectivas de melhoras do cenário da pandemia de covid-19 em meio à vacinação, companhias aéreas, especialmente sujeitas ao noticiário sobre a doença, também tiveram altas. American Airlines (1,08%), Delta (1,38%) e United (1,83%) subiram.
A ação da Tesla chegou a recuar mais de 10%, atrelada aos movimentos de queda desta terça do Bitcoin. No entanto, a aquisição de criptomoedas pela companhias foi ofuscada durante a sessão, e a Tesla fechou em baixa de 2,19%.
O Facebook avançou 2,12%, em sessão marcada pela informação de que a rede social voltará a publicar notícias na Austrália, em uma disputa que vem ganhando as atenções por possíveis precedentes para o pagamento por conteúdos que circulam na rede social. Por sua vez, a Microsoft, que apoiou uma rede de publishers europeus pelo pagamento por notícias por parte das big techs, recuou 0,53%. Já o Twitter retomou sua tendência recente de ganhos, e teve alta de 3,80%.
Por Matheus Andrade
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