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Novos investidores veem dicas de influenciadores, mas decidem por conta própria

(Foto: B3)

Entre abril de 2019 e abril de 2020, mais de 2 milhões de pessoas passaram a investir na bolsa de valores, segundo estudo publicado pela B3. Mesmo com o cenário atípico dos mercados em meio à pandemia de Covid-19, o avanço da tecnologia e a maior oferta de conteúdo contribuíram para o acesso de novatos à renda variável. E eles admitem que recorrem a dicas de influenciadores como fonte de informação, mas tomam decisões de investimento por conta própria.

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Esta é uma das conclusões de estudo divulgado pela B3 sobre a entrada de novos investidores na Bolsa entre 2019 e 2020. A pesquisa considera dados atualizados da central da B3 e dados coletados por meio de entrevistas com 1.371 investidores de todo o Brasil que investiram pela primeira vez na bolsa de valores entre abril de 2019 e abril de 2020.

Segundo os números, a idade média dos investidores é de 32 anos, sendo sua maioria (74%) homens. Apesar disso, o aumento do número de mulheres investindo chama atenção, de 179.392 em 2018 para 809.533 em 2020. No geral, o perfil médio dos investidores é sem filhos (60%), com renda mensal de até R$ 5 mil (56%) e com trabalho em tempo integral (62%).

É certo que o impacto da queda da taxa de juros na poupança e na renda fixa transformou a maneira do brasileiro encarar seus investimentos, mas não é o único motivo para a adesão dos investidores à Bolsa. Cerca de 38% dos entrevistados declararam ter iniciado os investimentos para “aprender e aplicar em outras modalidades de investimento”. A diversificação é muito observada, já que 46% passou a ter posição em mais de um produto de renda variável logo após a sua chegada à B3.

Também é evidente que cada vez mais pessoas procuram se informar sobre o assunto, principalmente nas mídias digitais. Os investidores ouvidos relataram se informar pela internet (73%), por youtubers/influenciadores (60%), bancos/corretoras/instituições financeiras (38%), redes sociais (36%) e grupos de investimentos no WhatsApp ou Telegram (34%).

Embora os investidores utilizem os influenciadores como fonte de informação, apenas 32% afirma que toma decisões de investimento baseadas em recomendações de influenciadores. Em sua maioria, um total 73% relata que toma decisões de investimento por conta própria, a partir das conclusões obtidas com a ajuda de informações de diversas fontes.

O valor do primeiro investimento entre as pessoas físicas tem caído. Nos últimos 2 anos, o número teve queda de 58%, saindo de R$ 1.916, em outubro de 2018, para R$ 660, em outubro de 2020. Os valores são ainda menores entre investidores mais jovens, sendo R$ 225 a média de investimento inicial dos investidores entre 16 e 25 anos de idade.

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