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Mercado refaz conta sobre estímulos com temor de Covid

(Foto: Divulgação)

A piora no número de infecções de Covid-19 nos Estados Unidos e na Europa revigora a aposta de um estímulo fiscal parrudo pelo governo norte-americano, apesar do equilíbrio entre republicanos e democratas no Capitólio após as eleições.

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Esta é a leitura de analistas e traders consultados pelo Mercado News ao longo da semana. Mesmo sem a chamada “onda azul” democrata, a tendência é que o presidente eleito Joe Biden e a oposição se entendam em prol da necessidade de um pacote trilionário para ajudar a deslanchar a economia.

Pesa a favor do auxílio estatal o surto renovado de coronavírus, com novos casos batendo recorde nos EUA – mais de 150 mil pessoas na quinta-feira – e alguns estados norte-americanos já retomando as restrições de mobilidade.

“O pacote agora pode ser ainda maior diante do crescimento do vírus no mundo, algo entre US$ 1 trilhão e US$ 3 trilhões”, avalia Jefferson Rugik, diretor da corretora Correparti. No início da semana, em carta a investidores, a corretora SPX chegou a reduzir a expectativa de aprovação de estímulo, de US$ 4 trilhões para US$ 1 trilhão, devido à divisão no Congresso dos EUA.

A reboque da segunda onda de Covid-19, um esforço fiscal maior nos EUA, com dólar enfraquecido no cenário externo, não significa necessariamente dólar caindo frente ao real. “O dólar aqui descola pela questão fiscal; pode subir pela dificuldade de rolar a dívida interna”, lembra Rugik.

“Se o mesmo que se observa no mundo ocorrer no Brasil encontrará um governo com extrema carência de fontes de recursos para poder renovar o suporte à economia”, diz o economista Sidnei Nehme, diretor da NGO Corretora, em nota a clientes, prevendo uma postura mais defensiva do mercado.

Nesta sexta-feira (13), o departamento de pesquisa macroeconômica do Itaú Unibanco revisou a projeção para o dólar em 2021, de R$ 4,50 para R$ 5,00, “em razão da incerteza fiscal ainda elevada no próximo ano”. Para o time de economistas do banco, no entanto, há sinais de desaceleração na propagação do vírus, e os riscos de segunda onda parecem contidos – por ora.

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