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Bolsas da Ásia seguem NY e fecham em baixa, de olho em impasse fiscal e covid-19

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quinta-feira, mais uma vez seguindo o mau humor de Wall Street, que ontem teve um segundo dia de perdas diante do impasse em torno de um novo pacote fiscal nos EUA. Incertezas geradas pela pandemia do novo coronavírus também prejudicam a demanda por ações.

O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,51% em Tóquio hoje, a 23.507,23 pontos, enquanto o chinês Xangai Composto recuou 0,26%, a 3.332,18 pontos, e o Hang Seng teve queda mais expressiva em Hong Kong, de 2,06%, a 24.158,54 pontos, pressionado por ações de tecnologia.

Ontem, as bolsas de Nova York ficaram no vermelho pelo segundo pregão consecutivo, após o Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, dizer que será difícil aprovar novos estímulos fiscais antes da eleição presidencial de 3 de novembro. Mnuchin ressaltou, porém, que foi orientado pelo presidente Donald Trump a continuar negociando com a oposição democrata.

O aumento de casos de infecção por covid-19, principalmente na Europa e nos EUA, também justifica a aversão por ativos considerados mais arriscados, como ações. França e Portugal anunciaram ontem medidas de restrição para tentar conter a propagação da doença.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi caiu 0,81% nesta quinta-FEIRA, em sua terceira sessão consecutiva de perdas, o Shenzhen Composto – índice chinês de menor abrangência – recuou 0,70%, a 2.274,39 pontos, e o Taiex cedeu 0,71% em Taiwan, a 12.827,82 pontos.

Dados publicados durante a madrugada mostraram que a taxa anual de inflação ao consumidor na China desacelerou de 2,4% em agosto para 1,7% em setembro. Já a queda anual dos preços ao produtor na segunda maior economia do mundo se aprofundou um pouco no mesmo período, de 2% para 2,1%.

Na Oceania, a bolsa australiana ignorou o tom negativo da Ásia e ficou no azul. O S&P/ASX avançou 0,50% em Sydney, a 6.210,30 pontos, ajudado pelo setor de energia, que se valorizou 2,5% na esteira do bom desempenho dos preços de petróleo ontem. (Com informações da Dow Jones Newswires).

Por Sergio Caldas

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