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Minerva recebe proposta para venda de fatia de 25% na Athena Foods

Minerva Foods fecha acordo para fornecer produtos para a Salic (Foto: Divulgação)

Na noite desta terça-feira (14), após o fechamento de mercado, a Minerva Foods (BEEF3) publicou em Fato Relevante a proposta recebida pela subsidiária Athena Foods, o braço de atuação na América Latina (ex-Brasil) da companhia.

A oferta foi feita por uma SPAC (Veículo de Aquisição de Propósito Específico), uma espécie de fundo, responsável por levantar recursos de diversos investidores para encontrar um ativo interessante para aquisição, de modo que os investidores têm poder de veto, após o anúncio de alguma oferta. Ainda não foi revelada a identidade da SPAC.

O veículo em questão pretende levantar 100 milhões de dólares adicionais ao seu caixa de US$ 200 milhões, totalizando US$ 300 milhões para adquirir 25% da Athena Foods. Isso avalia a Athena em US$ 1,2 bilhões, em torno de R$ 6,3 bilhões, calculado pelo valor do último fechamento de câmbio de 5,27 reais/dólar.

Analistas enxergam uma forte reação positiva para as ações da Minerva (BEEF3) no curto prazo pelas seguintes razões:

O acordo prevê listagem da Athena Foods na Nasdaq após a conclusão da transação, destravando o valor de seus ativos, com o valor de mercado da Athena, calculado pela transação, quase o mesmo que a Minerva (BEEF3) é avaliada hoje, em torno de R$ 6,45 bilhões no fechamento de ontem. A companhia tentou, sem sucesso, abrir o capital da Athena Foods na bolsa do Chile em maio de 2019.

Do valor da transação, US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,05 bilhões) iriam para o caixa da Minerva, que representa aproximadamente 15,5% do valor de mercado da empresa. Os US$ 100 milhões restantes ficariam no caixa da Athena Foods. Foi assinada uma carta de intenções não vinculante e a empresa afirmou que não há nenhuma garantia de que a proposta seja efetivada, mas tentará fechar a negociação nas próximas semanas.

A entrada do caixa reduzirá a alavancagem da Minerva de 2,6 vezes atuais para cerca de 2,1 vezes. Além disso há ainda o bônus de subscrição a ser exercido do fundo soberano da Arábia Saudita, Salic (que detém 25% da Minerva), de R$ 400 milhões, reduzindo ainda mais a alavancagem para cerca de 1,8 vezes, abrindo espaço para distribuição de dividendos mais robustos.

Lembrando que a política de dividendos da Minerva prevê o aumento do percentual do lucro líquido do ano distribuído de 25% para 50%, caso a empresa feche o ano com endividamento líquido abaixo de 2,5 vezes a sua geração de caixa operacional bruta (Ebitda) do ano.

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