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Economia da reforma administrativa pode chegar a R$ 300 bi

(Foto: Divulgação)

A reforma administrativa pode garantir uma economia de quase R$ 300 bilhões aos cofres públicos em dez anos, estimou o ministro da Economia, Paulo Guedes. O economista não deu detalhes do cálculo usado para chegar no número, mas afirmou que – mesmo não mexendo no atual quadro dos servidores públicos – a reforma deve aumentar a produtividade do setor e promover a modernização de contratações.

Segundo Guedes, a reforma estaria “na medida para ser aprovada” ainda este ano, por não ter sido conflitada com requisitos políticos. “Se o Congresso quiser apertar a reforma, aperta, se quiser suavizar, suaviza”, afirmou ele. Ainda ontem, o ministro também anunciou que deve se afastar da articulação política e focar seu trabalho na formulação de políticas e defesa/anunciação de reformas econômicas.

A ideia é que, com uma base aliada consolidada no Legislativo, a equipe econômica fique menos envolvida nas negociações “no varejo”, como foi em 2019 e no início deste ano. Assim, os responsáveis pelo avanço da agenda devem ser, de fato, os articuladores políticos do governo. Guedes já teve uma série de atritos com parlamentares nestes quase dois anos de mandato, sendo o mais recente o rompimento com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A estimativa de impacto fiscal com a aprovação da reforma administrativa ainda é bastante nebulosa – os mercados devem esperar por mais indicações sobre a discriminação de receitas e economias potenciais. No entanto, é inegável que a reforma atua diretamente na confiança de investidores e agentes econômicos no geral, aumentando a credibilidade do país e influenciando as expectativas futuras.

Em meio às preocupações com o quadro fiscal do País, o Congresso vai lentamente avançando com temas caros à economia e deve possibilitar uma renovação de ânimos dos investidores, à medida que pautas como a reforma administrativa, tributária, autonomia do Banco Central, entre outras, vão sendo aprovadas. Para o pregão de hoje, porém, a política não deve ser o foco e pouco influenciará o humor dos mercados.

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