O GPA (PCAR3) concluiu ontem o processo de venda de ativos para reduzir a sua alavancagem, totalizando 39 imóveis vendidos por R$ 1,18 bilhão num período de quatro meses. A última fase anunciada foi a venda de 11 lojas por R$ 233,6 milhões para dois fundos da TRX Gestora de Recursos, como anunciado na noite de ontem.
Este último acordo de venda foi fechado com o TRX Real Estate Fundo de Investimento Imobiliário e o TRX Real Estate II Fundo de Investimento Imobiliário.
A notícia é positiva, pois reduz sua alavancagem e otimiza o portfólio da companhia que deve continuar focando na rápida expansão da bandeira Assaí. No entanto, como se tratava da última tranche, analistas acreditam que o mercado já tenha precificado grande parte do impacto, deixando pouco espaço para uma alta mais expressiva no curto prazo no preço das ações (PCAR3).
A relação entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) caiu de 2,5 vezes para 2,2 vezes nos últimos dois trimestres, ainda sem considerar as tranches de julho e agosto. No entanto, um ano antes, de abril a junho de 2019, a relação era de 0,4 vezes.
A dívida da empresa aumentou principalmente por conta da captação de recursos destinados à aquisição do grupo colombiano Éxito, controlado pelo GPA desde 2019, após uma simplificação de estruturas do controlador Casino na América Latina.
Em fevereiro, o diretor financeiro Christophe José Hidalgo, disse que o GPA buscava vender mais de R$ 3 bilhões em ativos não essenciais. Hidalgo citou ativos imobiliários, postos de gasolina e até mesmo operações na Argentina ou no Uruguai como possíveis alvos.
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