Após um primeiro semestre de queda nas importações, as últimas semanas têm sido de retomada nos movimentos de contêineres e dos preços de frete nas principais rotas comerciais, o que dá indícios de que o restante deste ano será melhor que o primeiro semestre, duramente atingido não apenas pela pandemia como pela volatilidade cambial.
No primeiro semestre deste ano o dólar, moeda que pode ser utilizada como referência no comércio internacional, abriu próximo ao patamar dos R$ 4 e fechou o período em R$ 5,36, alta de 33%. A moeda chegou ainda a ser cotada próxima aos R$ 6. Além da depreciação cambial, as incertezas (volatilidade cambial e crise econômica) atrapalharam o volume de importações.
Contudo e de acordo levantamento da consultoria Solve Shipping, as importações chinesas, que correspondem a aproximadamente metade do total importado pelo Brasil alcançou, em agosto, níveis próximos ao do ano passado.
A notícia é positiva para a Santos Brasil (STBP3), operadora de contêineres principalmente do terminal Tecon-Santos. Porém, analistas acreditam que haverá um impacto neutro no preço das ações da companhia diante da notícia. O mercado deve aguardar os resultados do 3T20 para reavaliar as suas expectativas com a companhia para 2021.
O primeiro semestre deste ano foi desafiador para a Santos Brasil, que desde o início do ano, quando o vírus ainda estava concentrado na China, sentiu o impacto direto nas suas operações portuárias.
Com a recuperação das vendas e da economia como um todo no Brasil, há também o efeito reposição de estoques, visto que diversas companhias estavam há algum tempo sem realizar pedidos.
Ainda é cedo para falar em uma recuperação em “V” das importações ou algo do tipo. Contudo, analistas avaliam que os próximos trimestres serão melhores para a companhia na comparação com o primeiro semestre deste ano.
O aumento das importações é um dos principais catalisadores das ações da Santos Brasil, pois melhora o mix de contêineres movimentados e, por consequência, as margens operacionais.
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