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Banco Inter é cético com open banking; Creditas e Easynvest apostam em maturação

O Banco Inter tem uma visão “pouco cética” em relação ao open banking, afirmou nesta sexta-feira, 21, o CEO da instituição financeira, João Vitor Menin, durante participação em seminário online promovido pelo Santander, em resposta a pergunta sobre o projeto do Banco Central (BC) de promover o compartilhamento de informações entre os bancos.

“Tem algumas coisas legais, com benefícios para o consumidor, mas a questão é o quão abertas serão essas informações (que serão compartilhadas)”, disse o executivo, que lembrou também que há outros reguladores envolvidos. “Tem que combinar com os russos”, afirmou.

Para Menin, o open banking não deverá ser um divisor de águas para o sistema financeiro. “As informações que temos hoje já são boas, o sistema tem informações abundantes para os clientes. Não acho que vá ser um divisor de águas, que vá deixar o crédito mais barato”, disse o executivo, que, por outro lado, manifestou entusiasmo com o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos que será lançado pelo BC em novembro. “Estão fazendo um belo trabalho”, disse.

CEO da Easynvest, Fernando Miranda está entusiasmado com o open banking no Brasil, mas lembrou que, na Europa, não houve a evolução e a maturação que se esperava. Ele acredita que o Brasil deve experimentar algo parecido. “O BC tem grandes novidades para dois ou três anos e eu vejo uma maturidade para o open banking com mais longo prazo, em 2024 ou 2025”, disse.

Para Miranda, não se trata apenas de ter legislação e tecnologia. “Para que funcione precisamos de um ecossistema inteiro, com os atores jogando, organizando de maneira síncrona”, disse o executivo.

O CEO da Creditas, Sergio Furio, disse que está “muito otimista” com o open banking no Brasil e ressaltou que a Europa “precisava muito menos”, porque tinha menor assimetria de informações, menor spread bancário e mais histórico de crédito, em comparação ao mercado brasileiro. “Mas estou 100% com o Fernando (Miranda, da Easynvest), é impossível ver algo no curto prazo”, disse.

Por André Ítalo Rocha

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