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JBS (JBSS3) teve lucro líquido de R$ 3,38 bilhões no segundo trimestre

(Foto: Shutterstock)

A JBS (JBSS3) divulgou o resultado do 2T20 nesta quinta-feira (14), após o fechamento do mercado. Os números vieram acima das expectativas em termos de receita, Ebitda lucro líquido e, principalmente, geração de caixa e margem Ebitda.

Os destaques positivos foram os resultados das unidades de negócio: JBS USA Beef (45% das vendas), JBS Brasil (13% das vendas) e JBS USA Pork (12% das vendas).

A margem Ebitda consolidada foi de 15,5% no trimestre, com geração de caixa livre de R$ 9,5 bilhões.

O destaque negativo ficou para a Pilgrim’s Pride (focada em produção e processamento de frango nos EUA), que teve receita, em dólares, em linha com o mesmo trimestre de 2019, porém com margem Ebitda menor.

O resultado líquido da companhia também foi positivo, com bons números operacionais e grande parte de sua receita em dólares, atingindo R$ 3,4 bilhões um resultado 54,8% maior do que os R$ 2,18 bilhões apresentados no mesmo trimestre de 2019.

Analistas esperam impacto positivo no preço das ações da JBS (JBSS3) no curto prazo, pois a companhia mostrou um bom resultado operacional, com aumento em suas margens e forte geração de caixa.

No ano as ações da JBS têm resultado em linha com o Ibovespa, apresentando desvalorização de 12,16% contra 13,13% do índice.

A empresa reportou uma receita líquida de R$ 67,6 bilhões, um incremento de 32,9% ante o mesmo período de 2019. As operações nos EUA tiveram suas receitas em dólares praticamente em linha com 2019, porém com o aumento do dólar no período tivemos impacto positivo nas receitas em reais.

A operação brasileira (Seara e JBS Brasil) apresentou crescimento de receita impactado pelo melhor mix de produtos e aumento de suas exportações.

O Ebitda ajustado foi de R$ 10,49 bilhões um crescimento de 105,9% em comparação ao primeiro trimestre de 2019. A margem Ebitda foi de 15,5% contra 10% do mesmo trimestre de 2019.

A JBS USA aumentou seu spread, ou seja, a empresa conseguiu comprar o gado com preços menores e conseguiu repassar um aumento de preço para seus consumidores esse aumento possibilitou melhoria na margem Ebitda para 20,4%, um aumento de 11,4 pontos percentuais quando comparado ao mesmo trimestre de 2019.

A JBS Brasil foi outro destaque positivo, porém o principal responsável pelo aumento de margem foram as exportações para o mercado asiático (51% da receita), que possibilitou ganhos com a valorização do dólar e aumento de preços, a margem Ebitda ajustada atingiu 12,4 um aumento de 7,7 pontos percentuais.

A geração de caixa operacional da companhia atingiu R$ 11,4 bilhões enquanto a geração de caixa livre R$ 9,5 bilhões.

A dívida líquida saiu de R$ 44,4 bilhões em junho de 2019 para R$  54,5 bilhões no final de junho/20. Esse aumento da dívida é explicado variação cambial, já que quando olhamos para os números em dólares enxergamos uma contração de 14,8%. Com isso, a relação dívida líquida/Ebitda fechou 2T20 em 2,10 vezes, abaixo dos 2,78 vezes de 2019, essa redução aconteceu pelos números operacionais muito fortes reportados pela companhia. Em dólares a relação despencou saindo de 2,81 vezes para 1,75 vezes

A JBS apresentou números operacionais fortes na maioria de suas unidades de negócios com forte geração de caixa e diminuição de sua alavancagem. Esperamos que nos próximos trimestres os números voltem para a normalidade, principalmente na unidade de USA Beef onde o ciclo deve continuar positivo (preço do gado estável ou em declínio) porém com aumento de oferta que deve diminuir o spread alcançado.

Porém mesmo em um cenário de normalidade a empresa deve continuar entregando bons resultados operacionais, com forte geração de caixa, o que deve possibilitar à companhia a diminuir ainda mais o seu nível de endividamento e possivelmente aumentar o pagamento de dividendos.

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