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Indicadores confirmam a força da economia real

(Foto: Reprodução / internet)

Os indicadores econômicos da manhã desta sexta-feira (14) mostram que a economia brasileira está se recuperando mais depressa do que o esperado da retração econômica provocada pela pandemia do coronavírus. Logo cedo, o Banco Central (BC) divulgou o IBC-Br, indicador mensal de atividade econômica que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o BC, a economia brasileira avançou 4,89% em junho em relação a maio, considerando os dados dessazonalizados (expurgadas as variações do calendário).

Em comparação com junho de 2019, a queda na produção foi intensa, como era de se esperar, com uma retração de 8,65%. Considerando-se os dados sem o ajuste sazonal, o crescimento foi de 5,07% em junho em relação a maio, e a queda ante junho de 2019 foi de 7,05%, também em linha com as expectativas.

Por outro lado, o cenário nos mercados internacionais começou a sexta-feira complicado devido à decepção com o crescimento chinês. As vendas no varejo em julho apresentaram uma retração de 1,1%, um resultado muito pior do que o esperado. O prognóstico era de um leve crescimento de 0,1%. No entanto, a relativa lentidão dos consumidores chineses em abandonar a postura cautelosa decorrente das medidas econômicas de combate à pandemia tem cobrado um preço maior que o previsto. O mesmo ocorreu com a produção industrial chinesa. Em julho, o crescimento em relação ao mesmo mês de 2019 foi de 4,8%. Um resultado positivo, mas abaixo do esperado, que era de 5,1%.

Mesmo assim, um aspecto específico da indústria chinesa é uma notícia positiva para o Brasil. Em julho, a produção de aço pelas siderúrgicas chinesas cresceu 9% em relação ao mesmo mês de 2019, um resultado bastante superior às expectativas. A produção e o consumo de aço por parte da China foram menos afetados do que o restante da economia, o que é uma boa notícia para o Brasil, maior exportador de minério de ferro. Não por acaso, os preços do minério subiram, influenciando até mesmo os índices de inflação.

A conclusão desses números é que a economia real brasileira vem se mostrando mais resiliente do que o esperado ao impacto da pandemia, algo que vem sendo claramente mostrado pelos dados da produção.

Indicadores

A alta dos preços das commodities fez a inflação acelerar em agosto. O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 2,53% no mês, ante uma alta de 1,91% em julho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na manhã desta sexta-feira. Com este resultado, o índice acumula alta de 9,24% no ano e de 11,84% em 12 meses.

Em agosto de 2019, o índice havia caído 0,47%. Nos 12 meses até agosto de 2019, a alta acumulada era de 5,20%. Segundo a FGV, a alta dos preços no minério de ferro (que subiram 9,82% em agosto ante 5,78% em julho) e na soja (cujas cotações avançaram 6,73% em agosto, ante 5,17% em julho) fizeram o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subir 3,38% em agosto ante 2,54% em julho. O IPA representa 60% do IGP.

Apesar de os pregões internacionais não apresentarem uma tendência definida, os contratos futuros de Ibovespa estão iniciando o dia em alta, estimulados pelas notícias de crescimento da economia.

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