O fim de semana trouxe algumas novidades positivas com relação ao teto de gastos, principal âncora fiscal do País, e ao projeto de lei, aprovado no Senado na semana passada, que limita os juros de cartão de crédito e cheque especial.
Em ambos os casos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vem tentando tranquilizar o mercado e afirmou que, sob sua gestão na casa, não terá sucesso nenhuma tentativa de burlar o teto de gastos. A possibilidade é aventada por alguns grupos do Congresso e, mais timidamente, alas do Executivo, mas teria consequências gravíssimas para a confiança de investidores e as projeções sobre o resultado primário do país e relação dívida/PIB. A coluna deste fim de semana foi sobre o teto de gastos, confira aqui.
Já no caso do teto dos juros cobrados no cheque especial e no cartão de crédito para operações contratadas até o fim deste ano, o presidente da Câmara afirmou que pretende engavetar a proposta. Para Maia, o Congresso não deveria interferir no setor bancário desta forma, uma vez que o efeito colateral da medida seria de encarecer outras linhas.
As sinalizações de Maia, tanto sobre o teto de gastos quanto o teto de juros, demonstram o compromisso do presidente da Câmara para com a agenda de reformas. Além disso, a postura merece atenção do ponto de vista político, já que será necessário ficar de olho na eleição para a cadeira de presidente da Câmara, que ocorrerá em fevereiro de 2021. A atuação de Maia no caso do PL sobre juros no cartão de crédito é um indicativo do poder que tem o presidente da Casa.
O impacto das declarações de Rodrigo Maia devem impactar positivamente – ainda que não em grande intensidade – o pregão de hoje, confluindo com outros fatores para um dia de alta no Ibovespa.
Be First to Comment