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Temporada de balanços segue no radar dos investidores

(Foto: Shutterstock)

Este início do mês de agosto está sendo marcado pela expectativa dos investidores com relação aos resultados das empresas referentes ao segundo trimestre. Apenas por meio da divulgação dos resultados será possível definir com precisão qual foi o impacto das medidas econômicas destinadas a conter a pandemia do coronavírus sobre os resultados das empresas.

Os resultados do Itaú Unibanco (ITUB4), divulgados na noite da segunda-feira (3), confirmou as expectativas e parece indicar que os piores efeitos das medidas econômicas já parecem ter passado. Apesar disso, espera-se uma baixa no mercado no curto prazo.

Também há dúvidas no lado macro. Na noite da segunda-feira (3), quando o pregão nos Estados Unidos já havia encerrado seus trabalhos, Steven Mnuchin, secretário das Finanças americano, anunciou que as conversas entre o partido republicado, governista, e a oposição democrata, haviam evoluído com relação à aprovação do pacote de ajuda de US$ 1 trilhão à economia dos Estados Unidos que foi anunciado no fim de julho. Apesar das declarações de Mnuchin, as incertezas vêm provocando volatilidade no mercado.

No entanto, nem tudo é pessimismo. Durante a madrugada da terça-feira, a empresa britânica BP, antigamente chamada British Petroleum, também divulgou seus resultados. A estimativa para o segundo trimestre foi de um prejuízo de US$ 6,7 bilhões, ante um lucro de US$ 800 milhões anunciado no primeiro trimestre do ano. No entanto, as ações da BP estão sendo negociadas com alta de 5,9%.

Como explicar esse fenômeno? Por dois motivos. O primeiro é que os resultados vieram em linha com as expectativas. E o segundo é que, apesar da perda, a BP foi eficiente em demonstrar aos investidores que está tomando as medidas adequadas para compensar os efeitos da pandemia, como investir em energia renovável e aprimorar suas operações de trading. Com isso, os investidores se animaram a comprar as ações da empresa de energia.

Indicadores

A produção da indústria brasileira cresceu 8,9% em junho, acima das expectativas, que eram de um crescimento de 7%. Foi a maior alta para o mês desde os 12,9% de junho de 2018. Em maio, a produção industrial havia avançado 8,2%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada na manhã desta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O avanço foi generalizado e abrangeu todas as grandes categorias econômicas e 24 dos 26 ramos pesquisados, informou o IBGE. Essa foi a segunda alta seguida. No entanto, segundo o IBGE, ela foi insuficiente para reverter a perda de 26,6% acumulada nos meses de março e de abril. A produção ainda está abaixo dos números de 2019. A queda é de 9,0% em comparação com junho do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, caiu 10,9%, e no ano, recuou 5,6%, queda mais elevada desde dezembro de 2016 (-6,4%).

A terça-feira está começando com um movimento de realização de lucros, com os contratos futuros de Ibovespa e do índice americano S&P 500 em baixa. Espera-se um dia negativo e com forte volatilidade.

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