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Bradesco registra queda de 40,1% do lucro no segundo trimestre

(Foto: Bradesco)

O Banco Bradesco (BBDC3, BBDC4) divulgou na manhã desta quinta-feira (30) seu resultado do segundo trimestre de 2020. Assim como havia ocorrido no primeiro trimestre de 2020, o banco Bradesco fez uma provisão extraordinária adicional de R$ 3,8 bilhões para cobrir potenciais perdas de crédito causadas pela pandemia do Covid-19, o que levou a instituição financeira a registrar um resultado abaixo das estimativas.

O lucro líquido recorrente foi de R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre, queda de 40% com relação ao mesmo período do ano passado. Com a queda no lucro, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) foi de 11,9%.

Outro destaque negativo foi a queda na receita de serviços que atingiu R$ 7,6 bilhões, 7,9% inferior ao primeiro trimestre de 2020 e ao mesmo período de 2019.

Os números vieram abaixo das expectativas do mercado. Analistas esperam impacto levemente negativo no preço das ações do Bradesco no curto prazo.

As ações (BBDC3/BBDC4) apresentam desempenho bastante negativo em 2020: queda de 25,7%, comparado à queda do Ibovespa de 8,7% no período.

Analistas acreditam que o resultado mais negativo do segundo trimestre já está no preço e o que pior deve ter ficado para trás em termos de provisões para perdas com crédito, o que limita o impacto negativo no preço das ações do Bradesco no curto prazo. As ações do Bradesco fecharam em alta de 3,15% na quarta-feira (29), acima da valorização de 1,44% no Ibovespa no dia.

Apesar da queda no lucro, o aumento das provisões criou um colchão de proteção de R$ 15,6 bilhões para enfrentar um possível cenário econômico adverso. O Bradesco registrou R$ 8,9 bilhões em despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) para se proteger do impacto do coronavírus sobre clientes, alta de 155% frente igual período de 2019.

Segundo informações do banco, as provisões foram reforçadas como consequência do cenário econômico adverso que poderá resultar no aumento do nível de inadimplência em meio à da falência de empresas, elevação do desemprego e degradação do valor das garantias.

A inadimplência acima de 90 dias melhorou 0,7 pontos percentuais no trimestre para 3,0%.
Ainda no lado positivo, houve queda anual de 5,5% nas despesas operacionais que totalizaram R$ 11,5 bilhões no trimestre.

A carteira de crédito expandida do banco cresceu para R$ 661 bilhões, alta de 15% em relação ao segundo trimestre de 2019. A alta na carteira de crédito expandida foi liderada pelas operações com pessoas jurídicas com o aumento da demanda de grandes empresas durante a pandemia.

As receitas de serviços do banco recuaram 7,9% para R$ 8,3 bilhões, afetadas pelo desempenho mais fraco da sua controlada Cielo. Os principais riscos para os grandes bancos são: i) aumento da concorrência; ii) novo sistema de pagamentos (PIX) e; iii) possível aumento de impostos a ser discutido no Congresso Nacional.

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