Com possível pacote fiscal de US$ 1 trilhão nos EUA, mercados internacionais têm alta

As Bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, 28, sustentadas por ações de tecnologia e consumo em meio a expectativas de novos estímulos fiscais nos Estados Unidos, mas também atentas à disseminação do coronavírus pelo mundo e à deterioração das relações entre americanos e chineses.

Na segunda-feira, 27, o Partido Republicano apresentou no Senado americano uma proposta para um novo pacote fiscal de US$ 1 trilhão destinado a atenuar o violento impacto econômico da covid-19, que continua se alastrando com força pelos EUA.

Investidores continuam atentos ao aumento de casos de coronavírus em vários países, particularmente nos EUA, e acompanham com cautela as rixas entre EUA e China. Na semana passada, Washington mandou a China fechar seu consulado em Houston, no estado americano do Texas. Em retaliação, os chineses determinaram que o consulado dos EUA em Chengdu também encerrasse atividades.

Bolsa da Ásia
Na China continental, os mercados avançaram pelo segundo dia seguido, impulsionados principalmente por papéis de fabricantes de alimentos e bebidas. O índice Xangai Composto subiu 0,71%, a 3.227,96 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,37%, a 2.173,84 pontos.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi se valorizou 1,76% em Seul, a 2.256,99 pontos, graças a um rali da blue chip Samsung Electronics (+5,4%), que pretende lançar novos smartphones da linha Galaxy na próxima semana, e o Hang Seng teve alta de 0,69% em Hong Kong, a 24.772,76 pontos, graças também ao bom desempenho de ações de tecnologia.

Por outro lado, o japonês Nikkei caiu 0,26% em Tóquio, a 22.657,38 pontos, pressionado por papéis do setor imobiliário, e o Taiex ficou praticamente estável em Taiwan, com baixa marginal de 0,01%, a 12.586,73 pontos.

Na Oceania, a Bolsa australiana ficou no vermelho, revertendo ganhos de mais cedo no pregão. O S&P/ASX 200 recuou 0,39% em Sydney, a 6.020,50 pontos.

Bolsas da Europa
As Bolsas europeias operam majoritariamente em alta nos primeiros minutos do pregão desta terça-feira, com investidores reagindo a uma proposta para um novo pacote de estímulos de US$ 1 trilhão nos EUA, mas também monitorando um aumento de casos de coronavírus pelo mundo, que levou países na Europa e na Ásia a impor restrições a viagens. Às 4h13, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres subia 0,63%, a de Paris avançava 0,08% e a de Frankfurt se valorizava 0,63%. Já as de Milão e Madri tinham ganhos de 0,38% e 0,65%, respectivamente, mas a de Lisboa caía 0,04%.

Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam sem direção única na madrugada desta terça-feira, após encerrarem a sessão anterior com ganhos moderados, com investidores atentos a uma proposta para um novo pacote de estímulos de US$ 1 trilhão nos EUA, mas também preocupados com o aumento de casos de coronavírus em várias partes do mundo, fator que compromete a perspectiva de demanda pela commodity. No fim da tarde de hoje, o American Petroleum Institute (API) divulga sua pesquisa semanal sobre estoques de petróleo e derivados dos EUA. Às 4h40 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para setembro caía 0,12% na Nymex, a US$ 41,55, mas o do Brent para outubro subia 0,30% na ICE, a US$ 44,03.