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Bolsa fecha com leve queda, em sintonia com Nova York; dólar fica estável a R$ 5,15

(Foto: Shutterstock)

Em um dia misto para os índices do exterior, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, encerrou nesta terça-feira, 28, com queda de 0,35%, aos 104.109,07 pontos. Com as atenções voltadas para o novo pacote de estímulos fiscais apresentado pelos Estados Unidos e às vésperas da decisão do Fed, o dólar também zerou as perdas da sessão de ontem para fechar praticamente estável, com leve queda de 0,02%, a R$ 5,1572.

Nenhuma grande decisão deverá ser tomada pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano), na próxima quarta-feira, 28. No entanto, o mercado aguarda para ver se a entidade monetária irá ao menos pavimentar o caminho para novas medidas. Também chamou a atenção do mercado acionário de Nova York o pacote de US$ 1 trilhão anunciado na última segunda-feira, 27, pelo governo, que veio menor que o esperado pelos analistas e promete um debate caloroso entre republicanos e democratas.

Por aqui, o Ibovespa, pricipal índice de ações do mercado brasileiro, refletiu também um certo clima de cautela, à espera dos balanços de Vale, na próxima quarta, e de Petrobrás, na próxima quinta-feira, 29. Apesar disso, um tom favorável predominou entre as ações das varejistas, com destaque para alta de 7,93% da Via Varejo, após o balanço do Carrefour apontar lucro líquido em expansão de 74,9% no segundo trimestre. As ações da rede de supermercados teve ganho de 5,34% na sessão.

“Desde o meio-dia de ontem, o gráfico do Ibovespa mostra um padrão de correção lateralizada, permanecendo na faixa de 103,5 mil a 104,5 mil pontos. É bom que se tenha um padrão mais cadenciado para que o índice ganhe força”, observa Rodrigo Barreto, analista da Necton.

Com os resultados de hoje, a B3 acumula alta de ganho de 1,69% na semana e sustenta avanço de 9,52% no mês, restando três sessões para o fechamento de julho – no ano, cede apenas 9,98%. Nesta terça, o cenário local teve pouco impacto nas negociações. Entre os destaques, estão os dados melhores que o previsto sobre fechamento de vagas do Caged em junho e o novo superávit na conta corrente, de US$ 2,2 bilhões em junho, o terceiro seguido.

Câmbio
Em pregão de baixa liquidez e volatilidade alta, o dólar à vista acabou fechando praticamente estável, com o real em linha com o movimento de outras moedas emergentes, como o peso mexicano. Assim como a Bolsa, a divisa americana segue atenta ao final da reunião do Fed, o que deixou os investidores mais cautelosos e sem disposição para tomarem posições mais firmes quanto aos ativos e moedas. A esse cenário, também se soma as definições do novo pacote fiscal americano, que precisa ser feita até a quinta, e a segunda onda de casos do coronavírus na Europa.

No mercado internacional, após dias de queda, e voltar ao menor patamar em dois anos, o dólar operou hoje praticamente estável ante moedas fortes, contribuindo também para ter movimento contido nos emergentes. “A cautela antes da reunião do Fed abateu o rali do euro”, ressalta o analista de moedas do banco Western Union, Joe Manimbo.

Na máxima do dia, o dólar à vista subia ao patamar de R$ 5,20. Já o dólar turismo, segundo levantamento do Estadão/Broadcast, é cotado a R$ 5,40 nas casas de câmbio. O dólar para agosto fechou com leve alta de 0,06%, a R$ 5,1500.

Mercados internacionais
As Bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, 28, sustentadas por ações de tecnologia e consumo em meio a expectativas de novos estímulos fiscais nos Estados Unidos, mas também atentas à disseminação do coronavírus pelo mundo e à deterioração das relações entre americanos e chineses.

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