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Lucro líquido da Hypera cresce 17,6% no segundo trimestre

(Foto: Divulgação)

A Hypera (HYPE3) apresentou na última sexta-feira (24) os seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2020. Na nossa avaliação os números vieram bons e acima das expectativas, com impacto da Covid-19 bastante moderado nas principais linhas do resultado.

Os principais destaques positivos foram: (i) aumento da receita líquida, que combinada com a redução nas despesas gerou ganhos de margem no período, (ii) forte geração de caixa, que levou a companhia a divulgar a distribuição de Juro Sobre Capital Próprio (JCP) aos seus acionistas de R$ 0,29 por ação, montante 15% superior ao distribuído no 2T19. O Retorno Líquido do Provento é de 0,7%.

Ademais, a farmacêutica divulgou as suas novas projeções (guidance) para o restante do ano. Anteriormente, era esperada uma receita líquida entre R$ 4,25 bilhões e R$ 4,35 bilhões e um lucro líquido de R$ 1,275 bilhão. Agora, a projeção é que a receita líquida feche 2020 próxima aos R$ 4,0 bilhões, enquanto o lucro líquido atinja R$ 1,3 bilhão.

O resultado da Hypera foi bom e analistas esperam impacto positivo no preço das suas ações (HYPE3) no curto prazo.

No ano as ações da Hypera (HYPE3) recuam apenas 2,3%, desempenho bastante superior ao do Ibovespa, que tem perdas acumulada de 11,5% em 2020.

A receita líquida no segundo trimestre de 2020 foi de R$ 1.050 milhões, um crescimento de 7,9% na comparação com o mesmo período do último ano. O número foi impulsionado pelo aumento no preço médio de compra das farmácias e redes (sell-out) praticado no final de março nas categorias de vitaminas e suplementos (Consumer Health) e em Similares e Genéricos devido a corrida às farmácias e drogarias no final daquele mês, movimento que foi capturado apenas no resultado deste trimestre.

Apesar disso, o sell-out do trimestre completo apresentou uma queda de 1,6% em relação ao mesmo período de 2019, devido às consequências pandêmicas no contexto operacional da companhia, que durante o mês de abril verificou uma queda acentuada na movimentação nos seus principais postos de venda bem como a queda acentuada no número de consultas médicas.

Já o Ebitda foi R$ 449,2 milhões, um crescimento de 59% na comparação anual e uma margem de 42,8%, 13,7 ponto percentual a mais que a base do segundo trimestre de 2019.

O principal destaque positivo foi a redução nas despesas com vendas e marketing em percentual da receita e o controle das despesas gerais e administrativas, devido ao menor número de visitas médicas.

O Ebitda foi beneficiado pela linha de outras receitas em R$ 106,9 milhões. Aqui houve a celebração do “termo de pagamento no qual o principal acionista co-controlador efetuará o pagamento à companhia dos pagamentos indevidos identificados nos trabalhos do Comitê Independente”.

Mesmo assim, a margem Ebitda ajustada (sem o efeito acima) atingiu 32,3%, acima dos 29,1% do mesmo período de 2019, o que é notável se forem considerados os efeitos da quarentena da pandemia da Covid-19.

Com isso a Hypera fechou o trimestre com lucro líquido de R$ 396 milhões (sem excluir o efeito não recorrente), um crescimento de 17,6% na comparação com o segundo trimestre de 2019. Aqui também foi notado ganhos de margem: de 34,6% no 2T19 para 37,7% neste trimestre.

Por fim a companhia registrou uma forte geração de caixa operacional de R$ 352 milhões, em especial se considerar o contexto atual da economia, duramente afetada pela Covid-19. Já a geração de caixa livre foi de R$ 239 milhões no trimestre.

Após o bom resultado, os catalisadores das ações da Hypera (HYPE3) passam a ser: (i) o anúncio do preço de venda das suas marcas (Xantinon) para aprovação da aquisição da Takeda Medicamentos e; (ii) o resultado do julgamento do Cade na aquisição da marca Buscopan, marcada para o dia 30 deste mês.

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