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Com tensão EUA-China, dados asiáticos e coronavírus, mercados internacionais têm manhã volátil

(Foto: Divulgação)

As Bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, 27, à medida que investidores comemoraram mais um indicador chinês animador, mas também continuaram atentos a desavenças entre Estados Unidos e China e aos últimos números sobre a disseminação do coronavírus.

Nas últimas semanas, a China vem, de modo geral, mostrando que se recupera em ritmo mais veloz do que se esperava da pandemia de coronavírus, que teve origem na cidade chinesa de Wuhan.

Pesam no sentimento as rixas entre EUA e China, que ganharam um novo capítulo na semana passada, quando Washington ordenou o fechamento do consulado chinês em Houston, no estado americano do Texas. Em retaliação, Pequim mandou que o consulado dos EUA em Chengdu também encerrasse operações, o que foi efetivado nesta segunda. Americanos acusam os chineses de espionagem. A China, por sua vez, alega que os EUA vêm interferindo em seus assuntos internos.

O avanço do coronavírus também compromete o apetite por risco. No domingo, 26, o número de infectados no mundo ultrapassou a marca de 16 milhões, com mais de 645 mil mortes, segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

Bolsas da Ásia e do Pacífico
Os mercados chineses tiveram ganhos moderados: o índice Xangai Composto subiu 0,26%, a 3.205,23 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,28%, a 2.144,37 pontos. O tom positivo veio após dados oficiais mostrarem que o lucro de grandes empresas industriais da China deu um salto anual de 11,5% em junho, quase o dobro do ganho de 6% visto em maio e marcando seu maior avanço desde março de 2019.

Também ficaram no azul as bolsas de Seul, com alta de 0,79% do sul-coreano Kospi, a 2.217,86 pontos, e de Taiwan, onde o Taiex registrou expressivo ganho de 2,31%, a 12.588,30 pontos.

Já o índice japonês Nikkei caiu 0,16% em Tóquio, a 22.715,85 pontos, depois de ficar sem operar por dois dias em função de feriados no Japão e à medida que o iene atingiu nova máxima em quatro meses ante o dólar, e o Hang Seng recuou 0,41% em Hong Kong, a 24.603,26 pontos.

Na Oceania, a Bolsa australiana terminou o pregão em alta, sustentado pelo indicador chinês favorável. O S&P/ASX avançou 0,34% em Sydney, a 6.044,20 pontos.

Bolsas da Europa
As Bolsas europeias abriram o pregão desta segunda-feira majoritariamente em baixa, pressionadas ainda pela recente escalada de tensões entre EUA e China. Na semana passada, os EUA ordenaram o fechamento do consulado chinês em Houston (Texas). Em retaliação, os chineses determinaram o fechamento do consulado dos EUA em Chengdu. Por outro lado, novos dados sobre o lucro industrial da China mostram que a segunda maior economia do mundo continua se recuperando do choque da pandemia de coronavírus. Às 4h13, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres caía 0,22% e a de Paris recuava 0,31%, mas a de Frankfurt subia 0,29%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 0,10%, 1,12% e 0,18%, respectivamente.

Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na madrugada desta segunda-feira, influenciados por uma recente escalada das tensões entre EUA e China e pela disseminação do coronavírus pelo mundo. Hoje, os EUA afirmaram que fecharam seu consulado na cidade chinesa de Chengdu. A China ordenou o fechamento do consulado como retaliação à ordem dos EUA na semana passada para que o consulado chinês em Houston encerrasse operações. Já o número de pessoas infectadas pela covid-19 no mundo ultrapassou 16 milhões. Às 4h32 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para setembro caía 0,70% na Nymex, a US$ 41,00, enquanto o do Brent para outubro recuava 0,75% na ICE, a US$ 43,45.

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