A operadora de telecomunicações Oi (OIBR3) anunciou na noite desta quarta-feira (22) que assinou um contrato de exclusividade com a Highline, subsidiária da Digital Colony, pelo seu negócio de telefonia móvel. A potencial compradora apresentou uma proposta mais atrativa, acima do preço mínimo estabelecido de R$ 15 bilhões.
Neste sábado a Oi (OIBR3) já havia anunciado que a Highline realizou uma oferta por unidades de torres pelo valor de R$ 1,07 bilhão.
A notícia é positiva para a Oi (OIBR3) pois o aumento da concorrência pelo seu negócio móvel eleva o preço inicial da oferta e pressiona os credores a aprovarem os termos na assembleia de credores marcada para agosto. Analistas esperam impacto positivo no preço das ações (OIBR3) no curto prazo.
Já para a TIM e para a Telefônica Brasil (Vivo) a notícia é negativa, pois mesmo que elas esperassem uma concorrência na oferta os termos associados a exclusividade devem pegar ambas de surpresa. Esperamos impacto negativo no preço das suas ações (TIMP3/VIVT3/VIVT4) na sessão desta quinta-feira (23).
A situação mudou: agora quem tem preferência pelo ativo móvel da Oi é a Highline e não mais o consórcio formado por Claro/Tim/Vivo.
As três empresas nacionais agora tem apenas uma chance de elevar o valor da sua proposta pelos ativos da Oi e a Highline tem direito de preferência de igualar a oferta.
Além disso, existe ainda a possibilidade de um terceiro competidor na disputa pelos ativos da Oi: a empresa mineira Algar num consórcio com o fundo de Cingapura GIC que também pode fazer um lance pelos ativos.
Esse leilão pelo negócio móvel da Oi pode elevar o valor dos ativos e gerar mais valor para os acionistas da Oi.
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