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Petrobras produz 2,8 milhões de barris no segundo trimestre

(Foto: Divulgação)

A Petrobras (PETR3/PETR4) divulgou na terça-feira (21), após o fechamento do mercado, seus números de produção e vendas referentes ao segundo trimestre de 2020.

A produção de óleo e gás alcançou a marca de 2,802 milhões de barris de óleo equivalente (BOE/dia), o que representa um avanço de 6,4% no comparativo com o mesmo período do ano passado e redução de 3,7% no comparativo com o trimestre anterior.

Já a produção na camada do pré-sal atingiu a marca de 1,527 milhão de barris por dia (62% do total) no segundo trimestre, representando aumento de 30,7 por cento contra o segundo trimestre de 2019.

A parcela de produção no pré-sal fechou em 53% em março de 2020 e em 46% no fim de 2019. Este aumento período após período da participação do pré-sal nas operações da Petrobras faz parte do seu planejamento estratégico em focar na eficiência e baixo custo na extração de petróleo e maiores retornos sobre o capital investido (ROIC).

Os números de produção da Petrobras vieram bons e em linha com as expectativas dos analistas, mesmo com as interrupções na produção devido à pandemia da Covid-19.

A prévia operacional da Petrobras demonstrou que a companhia está seguindo no caminho certo, mesmo diante de todo cenário global negativo para a commodity neste ano.

Dessa forma, analistas esperam impacto positivo no preço das ações (PETR3 e PETR4) no curto prazo. Porém, a queda de pouco mais de 1% no preço do barril de petróleo do tipo Brent pode limitar a alta das ações no pregão desta quarta-feira.

Os efeitos negativos devido a pandemia da Covid-19 foram mais intensos no primeiro trimestre em termos de produção, com pouco impacto no segundo trimestre, quando se esperava que o volume produzido fosse afetado pelas reduções de anunciadas no início do trimestre.

Dessa forma, a empresa manteve a meta de produção para 2020 de 2,7 milhões de barris por dia (com variação de 2,5% para cima ou para baixo), o que deve ser visto como positivo pelo mercado.

No início de abril a Petrobras decidiu reduzir a produção de petróleo para 2,07 milhões de barris por dia e diminuiu o fator de utilização das suas refinarias para 60% (de 79% anteriormente). No entanto, com a uma melhora na demanda por seus produtos, a companhia decidiu elevar o ritmo de produção para 2,26 milhões de barris dia e aumentar um pouco a utilização do refino.

Segundo a companhia, as iniciativas integradas de logística e marketing permitiram o crescimento das exportações, o que compensou a contração da demanda doméstica por combustíveis.

A gestão da Petrobras vem buscando a venda de ativos não prioritários para se concentrar no pré-sal, onde a estatal possui vantagens competitivas e custos de extração baixos.

Nesta terça-feira (21), as ações preferenciais (PETR4) subiram 2,8% ante queda de 0,1% do Ibovespa, reflexo da venda para a Engie Brasil (EGIE3) de sua fatia remanescente de 10% na TAG e da alta do barril de petróleo do tipo Brent.

O plano estratégico da companhia mostra-se preocupado em obter retornos sobre o capital investido de forma sustentável, e os recentes resultados têm apontado para um sucesso parcial. Apesar disso, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) recuam 22,6%, ante queda de 9,8% no Ibovespa em 2020.

Os principais catalisadores das ações da Petrobras (PETR3/PETR4) são: i) volta do equilíbrio entre a oferta e demanda por petróleo e combustíveis ao redor do mundo; ii) processo de venda de ativos e redução do nível de endividamento.

O controle da curva de contágio do Covid-19 e a volta da quarentena podem impulsionar a retomada gradual na demanda por combustíveis.

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