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Com reforma tributária, dólar recua 2% e fecha a R$ 5,21; Bolsa encerra com queda

(Foto: Karen Bleier / AFP)

Apoiado pela proposta de reforma tributária ao Congresso, entregue nesta terça-feira (21) pelo ministro da economia,  Paulo Guedes, o dólar diminuiu o ritmo de valorização frente ao real para fechar com queda de 2,44%, a R$ 5,2113, no menor valor desde junho. Contudo, resultados mais expressivos em torno da medida não foram sentidos na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, que fechou o dia praticamente estável, com queda de 0,11%, aos 104.309,74 pontos.

Em coletiva no final da tarde desta terça, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e Paulo Guedes, conversaram com a imprensa sobre o texto, procurando deixar claro que a matéria será aperfeiçoada nas discussões do Congresso. “Agora com a participação do governo foi o que sempre pregamos que era fundamental, termos uma reforma tributária que representasse o desejo do governo e o desejo do Congresso”,

A primeira parte da reforma vai tratar da unificação das cobranças do PIS e Cofins instituindo a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviçso (CBS). Em um segundo momento, a equipe econômica deve encaminhar proposta de mudanças no IPI. Numa terceira fase, a ideia é alterar a cobrança do Imposto de Renda, incluindo a tributação de dividendo. Por último, Guedes tentará emplacar a criação de um imposto nos moldes da extinta CPMF para bancar a desoneração da folha de salários.

Câmbio

Com o tombo expressivo da moeda americana, o real foi hoje a moeda com o melhor desempenho ante a divisa americana. Nesta terça, o movimento foi causado por uma série de fatores, dentre as quais se destacam a a entrega da reforma tributária ao Congresso, da aprovação do fundo bilionário de socorro da União Europeia e ainda do avanço nas vacinas contra o coronavírus.

Nesse ambiente, o dólar à vista chegou a bater na mínima de R$ 5,16, menor nível desde o começo de junho e uma queda superior a 3%.

Bolsas do exterior

Os mercados internacionais tiveram um dia de ganhos nesta terça, após os líderes da União Europeia (UE) finalmente chegarem a um consenso sobre a criação um fundo de resgate de 750 bilhões de euros para ajudar o bloco a se recuperar da crise do coronavírus. As negociações sobre o fundo vinham se arrastando desde sexta-feira, 17, em Bruxelas, em função de divergências entre países que compõem a UE.

Em resposta, as Bolsas da Ásia somaram ganhos ainda apoiadas pelo avanço das vacinas contra o vírus. Os chineses Xangai Composto e Shenzhen Composto subiram 0,20% e 0,72% cada, enquanto o japonês Nikkei ganhou 0,73% e o Hang Seng se valorizou 2,31% em Hong Kong. Já o sul-coreano Kospi teve alta de 1,39% e o Taiex subiu 1,83% em Taiwan. Na Oceania, a Bolsa australiana teve seu melhor dia em cinco semanas e avançou 2,58%.

A aprovação do acordo bilionário também aumentou os ânimos dos investidores europeus e fez com que os índices do velho continente fechassem no azul. Com isso, o Stoxx 600 encerrou com alta de 0,32%. A Bolsa de Londres encerrou com ganho de 0,13%, enquanto a de Frankfurt subiu 0,96% e a de Paris avançou 0,22%. Já Milão, Madri e Lisboa registraram altas de 0,49%, 0,22% e 0,27% cada.

Petróleo

A criação do Fundo de Recuperação da União Europeia animou o mercado do petróleo, que também acompanhava de perto a indecisão dos líderes europeus. Com isso, o barril do WTI para setembro, referência no mercado americano, encerrou com ganho de 2,44%, a US$ 41,92. Já o Brent para o mesmo mês, referência no mercado europeu, avançou 2,40%, a US$ 44,32 o barril.

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