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De olho em impacto econômico do coronavírus, mercados internacionais têm manhã volátil

(Foto: Divulgação)

As Bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 8, à medida que investidores continuam avaliando como os recentes surtos de coronavírus pelo mundo, em especial nos Estados Unidos, afetam a perspectiva de recuperação da economia global.

Nos negócios da China continental, as Bolsas deram continuidade a um rali que ganhou força no começo da semana, depois de a mídia estatal do país afirmar que um “bull market saudável” é agora mais importante do que nunca para a economia doméstica, referindo-se a mercados com tendência de alta.

Novos focos de coronavírus em várias partes do mundo, particularmente nos EUA, vêm limitando o apetite por risco na Ásia. Na terça-feira, 7, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou para o fato de que a pandemia da covid-19 continua a acelerar globalmente. “O surto está acelerando e nós claramente ainda não atingimos o pico da pandemia”, afirmou ele. Segundo cálculos da OMS, cerca de 11,4 milhões de casos foram relatados no mundo, gerando mais de 535 mil mortes.

O ressurgimento do vírus compromete expectativas de uma retomada global mais rápida do que se imaginava, como vários indicadores de grandes economias vinham sugerindo nas últimas semanas.

Bolsas da Ásia
O índice Xangai Composto subiu 1,74%, a 3.403,44 pontos, acumulando ganhos por sete pregões consecutivos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,88%, a 2.198,62 pontos.

Por outro lado, o japonês Nikkei caiu 0,78% em Tóquio, a 22.438,65 pontos, pressionado por ações ligadas a consumo e eletrônicos, e o sul-coreano Kospi recuou 0,24% em Seul, a 2.158,88 pontos, em meio ao fraco desempenho de papéis de bancos e de grupos farmacêuticos.

Já o Hang Seng teve valorização modesta em Hong Kong, de 0,59%, a 26.129,18 pontos, assim como o Taiex, que avançou 0,64% em Taiwan, a 12.170,19 pontos.

Na Oceania, o crescente número de casos de covid-19 na Austrália pesou na Bolsa local. Melbourne, segunda maior cidade do país, retomou nesta quarta um confinamento que vai se estender por seis semanas. O S&P/ASX 200 caiu 1,54% em Sydney, a 5.920,30 pontos.

Bolsas da Europa
As Bolsas europeias abriram em baixa nesta quarta-feira, ampliando perdas de terça, à medida que novos surtos de coronavírus pelo mundo, em especial nos EUA, continuam gerando dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia global. Às 4h08, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres caía 0,59%, a de Frankfurt recuava 0,51% e a de Paris se desvalorizava 0,83%. Já em Milão, Madri e Lisboa, as perdas eram de 0,39%, 1,26% e 0,55%, respectivamente.

Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na madrugada desta quarta-feira, após o American Petroleum Institute (API) estimar no fim da tarde de ontem que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA teve aumento de 2 milhões de barris na última semana e em meio a preocupações com o ressurgimento do coronavírus em várias Estados do país. Mais tarde, investidores vão acompanhar a pesquisa oficial sobre estoques dos EUA, que é elaborada pelo Departamento de Energia (DoE) e inclui números sobre produção. Às 4h22 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para agosto caía 0,32% na Nymex, a US$ 40,49, enquanto o do Brent para setembro recuava 0,28% na ICE, a US$ 42,96.

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