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Operação da Smiles com a Gol desagrada minoritários

(Foto: Divulgação / Gol)

A companhia de fidelidade Smiles (SMLS3) anunciou nesta segunda-feira (6), via Fato Relevante, que realizou uma operação comercial com a Gol (GOLL4) envolvendo a cifra de R$ 1,2 bilhão a serem pagos pela Smiles em antecipação de passagens aéreas.

Em contrapartida, foram negociadas “novas condições comerciais para a Smiles, que diversificam os produtos com a sua parceira e garantem tarifas de passagens aéreas em preços e condições mais competitivos do que anteriormente previsto no contrato operacional”.

Neste ano a Smiles poderá contar com um desconto médio no preço das passagens de 11% e, até metade de 2023, a Gol vai garantir a venda de uma parcela de passagens com tarifas promocionais à administradora do programa de milhagem.

A administração da Smiles (SMLS3) acredita que a economia criada pela companhia com a redução do custo com resgate em passagens aéreas e o surgimento de novas fontes de receita irá gerar um valor econômico na ordem dos R$ 85 milhões aos acionistas.

Por fim, o saldo dos créditos da operação será remunerado a uma taxa de 115% do CDI, enquanto não forem utilizados na compra de passagens aéreas, conforme acordado entre as partes.

A notícia não foi bem recebida pelo mercado e as ações da Smiles (SMLS3) recuaram 2,4% na sessão desta segunda-feira (6), enquanto as ações da Gol (GOLL4) avançaram 3,1% e o Ibovespa apresentou alta de 2,2%.

Embora o acordo tenha sido aprovado por unanimidade pelo Conselho de Administração da Smiles e o comitê independente, os acionistas minoritários acreditam que a operação seja não apenas abusiva como ilegal.

A Gol é dona de 52,6% das ações da Smiles e, por ter o controle, os minoritários acreditam que a aérea abusou da sua condição para obter benefícios próprios de maneira irregular. Ambas companhias seguem uma relação conturbada do ponto de vista da governança corporativa.

Desde o fim de 2018, quando a Gol anunciou que não renovaria o contrato de parceria entre as companhias que termina apenas em 2032, as tratativas envolvendo a incorporação da Smiles por parte da Gol vem enfrentando bastante resistência junto aos acionistas minoritários.

Ou seja, segue mais uma disputa entre o controlador da Smiles, que é a Gol, e os acionistas minoritários da Smiles.

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