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Bolsas têm forte alta após estímulos ao mercado na China

Os índices de ações da Ásia começaram a semana com uma forte alta. Em Xangai, o SSE Composite fechou com uma valorização de 5,7%, acumulando um ganho de mais de 20% em relação ao pior momento da pandemia. Em Hong Kong, as ações subiram 3,8%. Tóquio e Seul fecharam com ganhos menos significativos, mas ainda assim relevantes, de 1,8% e 1,6%, respectivamente. O movimento de alta se estendeu à Europa, onde tanto o índice alemão Dax quanto o índice inglês FTSE avançam mais de 1,5% durante a manhã.

O que justificou tanto entusiasmo em uma segunda-feira (6)  de início de férias de verão no Hemisfério Norte foi a decisão do governo chinês de estimular o mercado acionário. As autoridades econômicas em Pequim sinalizaram, ao longo do fim de semana, que iriam aumentar seu apoio ao mercado acionário. O mercado chinês já havia registrado um forte avanço nos investimentos baseados em empréstimos. O chamado financiamento de margem atingiu US$ 3,1 bilhões em junho, o dobro do volume registrado em fevereiro. Por si só, essa notícia seria suficiente para animar os investidores. No entanto, o governo divulgou sua intenção de estimular os lançamentos de ações e várias reportagens da imprensa oficial chinesa disseram que o país “precisa de um novo mercado de alta”.

Apesar de o mercado acionário chinês ser menor do que o americano (e também ficar atrás de outros pregões asiáticos), seu potencial é enorme. Isso ocorre tanto pela pujança da economia chinesa quanto pela poupança interna elevada. Como não há uma previdência estatal, os chineses têm de poupar para a aposentadoria ao longo de toda a vida, e oferecer mais alternativas para investir esses recursos abre perspectivas amplas para o mercado.

Apesar das ressalvas e temores, o fato é que o investidor não pode se dar ao luxo de perder a oportunidade de ganhar com a recomposição de preços das ações. Enquanto os cientistas e os laboratórios concentram esforços para desenvolver uma vacina eficaz contra o coronavírus, os banqueiros centrais sabem que a melhor vacina para combater os efeitos da pandemia na economia é manter a liquidez elevada e os programas de estímulo em funcionamento. As estimativas são de que, no fim deste ano, o total de dívidas soberana e corporativa atinja 200 trilhões de dólares. Tanto dinheiro na economia em um cenário de juros negativos deverá, obrigatoriamente, desaguar no mercado acionário em algum momento. E é esse movimento que nenhum investidor pode se dar ao luxo de perder.

Indicadores econômicos

A edição mais recente do Boletim Focus, do Banco Central (BC), mostrou poucas alterações nas expectativas. O prognóstico das instituições financeiras para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 melhorou levemente, de uma retração de 6,54% para uma retração de 6,505. Os prognósticos para a inflação medida pelo IPCA permanecem em 1,63%, e as projeções para o dólar e para a taxa referencial Selic não se alteraram. O dólar esperado para dezembro segue em R$ 5,20, e a taxa Selic prevista para o fim deste ano continua em 2%.

Os prognósticos de melhora do mercado chinês se estenderam para os demais pregões, e o Brasil não foi exceção. Os contratos futuros de Ibovespa e do índice americano S&P 500 avançam significativamente nesta manhã, indicando uma sessão positiva para as ações

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