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Latam pode demitir até 2,7 mil após impasse em negociação

(Foto: Divulgação)

Em meio a negociações de redução de jornada, a Latam está propondo flexibilizar a convenção coletiva, com novas regras de remuneração de tripulantes.

A Latam apresentou duas propostas ao Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). Na primeira proposta, caso a adesão aos programas voluntários não alcance 2 mil comissários e 700 pilotos, a empresa fará demissões até atingir o número. E os 4.965 tripulantes restantes terão a jornada reduzida em 50%. A segunda proposta prevê trabalho em meio período (redução de 50% de jornada) para todo o quadro de tripulantes até dezembro de 2021.

No entanto, a proposta de mudança permanente no plano de remuneração tem levado a um impasse nas negociações com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). O presidente do SNA, Ondino Dutra, pediu publicamente a demissão do presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier, durante uma transmissão ao vivo no dia 17 de junho.

A notícia expõe novamente a fragilidade atual do setor aéreo diante de programas de demissão voluntária e redução de jornada. Entretanto, analistas apostam que o impasse da Latam não deve impactar as ações da Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) no curto prazo.

No início de junho, a Gol já teve seu acordo coletivo aprovado pelo SNA. O acordo prevê programas de demissão voluntária (PDV), de licença não remunerada e de redução de salários e jornada em 50% até o fim de 2021.

A proposta da Azul tem termos similares aos da Gol e deve ser votada na terça e quarta-feira, com expectativa de ser aprovada.

Com o setor aéreo fortemente atingido pela pandemia de Covid-19 em todo o mundo, a Latam pediu recuperação judicial nos Estados Unidos e no Chile e encerrou suas operações na Argentina.

No Brasil, a empresa tenta levantar crédito junto ao BNDES e anunciou um plano de compartilhamento de voos com a Azul, previsto para funcionar a partir de agosto.

O principal catalisador para as ações do setor aéreo é o término da quarentena e a reabertura da economia, mas a aposta do mercado é que as viagens não serão retomadas no curto prazo enquanto não houver uma vacina para a Covid-19, o que deve levar tempo.

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