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Oi registra prejuízo líquido de R$ 6,2 bilhões

(Foto: Shutterstock)

A operadora de telecomunicações Oi (OIBR3, OIBR4) anunciou na segunda-feira (15), após o fechamento do mercado, os resultados referentes ao primeiro trimestre de 2020. O resultado foi regular, em linha em termos de receita líquida, mas abaixo do esperado em termos de Ebitda e lucro líquido.

O principal destaque negativo foi o prejuízo líquido no período de R$ 6,2 bilhões, bem acima do esperado, impactado pela variação cambial no resultado financeiro, cuja contribuição negativa em R$ 2,6 bilhões.

O destaque positivo foi o avanço das suas operações de fibra ótica (FTTH) no segmento residencial, cuja receita no período foi de R$194 milhões, equivalente a 45 da receita total.

A receita no segmento móvel pós-pago foi uma surpresa positiva e cresceu 12,25 no período, demonstrando o seu potencial de conversão dos clientes pré-pago para planos mais robustos e a assertividade na oferta de planos mais voltados ao consumo de dados.

Dessa forma, a receita do segmento de mobilidade pessoal total (que considera o pós-pago, pré-pago e outros) obteve leve queda de 2,5%, impactada pela quarentena do final de março que dificultou a comercialização física de crédito no pré-pago.

Os resultados da Oi (OIBR3, OIBR4) vieram satisfatórios e em linha com esperado no desempenho operacional, exceto o prejuízo líquido maior devido à variação cambial.

Analistas esperam impacto positivo no preço das ações no curto prazo, pois o mercado deverá prestar mais atenção ao processo de venda de ativos.

Como a companhia é obrigada a divulgar mensalmente um relatório de fluxo de caixa, boa parte das informações agora dispostas já estão “no preço”.

Ademais, a expectativa que a proposta de aditamento que busca dividir a companhia em quatro (ativos móveis, torres, data center e infraestrutura) é uma boa notícia para os acionistas e deve refletir positivamente nas ações hoje, pois uma vez aprovada facilitará a gestão das operações, a venda de ativos bem como simplificar e limpar a sua estrutura societária atual.

A receita líquida período foi de R$ 4,7 bilhões, uma queda de 7,4% na comparação anual, enquanto o Ebitda consolidado de rotina alcançou 1,5 bilhão de reais, com queda de 5,8% em relação ao primeiro trimestre de 2019. O resultado, contudo, não foi capaz de suprir os seus investimentos no período (Capex) de R$ 1,78 bilhão

Com isso, o prejuízo líquido ajustado foi de R$ 6,2 bilhões, com forte impacto da variação cambial no período devido à alta do dólar.

Por fim, o endividamento líquido da companhia encerrou o trimestre em R$ 18,1 bilhões, representando cerca de 5,7x a sua capacidade de geração de caixa operacional (Ebitda). A companhia, que vendeu a sua participação na Unitel por 1 bilhão de dólares no trimestre, também captou um empréstimo de R$ 2,5 bilhões, o que levou a um aumento do endividamento líquido.

O consumo de caixa totalizou R$ 2,2 bilhões no trimestre. A posição de caixa da Oi era de R$ 6,3 bilhões em março de 2020.

Os catalisadores das ações da Oi são: sucesso na operação de fibra ótica e geração de caixa via venda de ativos para conseguir continuar realizando seus investimentos.

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