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Após discurso de Powell, Bolsa encerra com queda de 2% e dólar fecha a R$ 4,93

(Foto: B3)

A fala do presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), jogou um balde de água fria no mercado nesta quarta-feira, 10, e pressionou a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, que ampliou as perdas e fechou com queda de 2,13%, aos 94.685,98 pontos. O discurso também pesou no dólar, que voltou a subir e fechou com alta de 0,97%, cotado a R$ 4,9355.

Após o mercado comemorar o fato dos Estados Unidos ter criado mais de 2,5 milhões de vagas em maio, Jerome Powell, presidente do Fed, fez questão de ressaltar o fato de que muitas pessoas talvez não consigam recuperar seus empregos no final da crise. Ele também apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para o 2º trimestre deve mostrar o recuo mais severo da história americana. Powell apenas aliviou no final, ao estimar que a economia do país deve crescer 5% em 2021.

Além disso, o mercado local também reflete as previsões negativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que estima uma contração de pelo menos 7,4% para o PIB do Brasil neste ano, que ainda pode registrar um tombo de 9,1%, caso haja uma segunda onda de contaminação do coronavírus, que obrigue um novo fechamento da economia.

Pouco tempo após as declarações de Powell – e influenciado pelo clima misto em Nova York -, o Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, caiu 2,15% e atingiu a mínima do dia, aos 94.668,81 pontos. No final do pregão, a B3 chegou a ensaiar um retorno aos 95 mil pontos, o que não aconteceu – pela manhã, ela chegou a abrir em alta, aos 97 mil pontos.

Câmbio
O dólar também sentiu a pressão vinda do anúncio de Powell, que decidiu manter a taxa básica de juros americana entre 0% e 0,25% até 2022. Durante o discurso, a moeda subiu na máxima do dia, cotada a R$ 4,9515, uma alta de 1,29%. Pela manhã, ela chegou a abrir as negociações em queda de cerca de 1%, na casa dos R$ 4,84.

Apesar da moda americana ter voltado a subir nos últimos dias, este já o terceiro pregão seguido em que ela opera abaixo do patamar de R$ 5. Nas casas de câmbio, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, o dólar turismo é negociado próximo de R$ 5. Já o dólar para julho também é pressionado pelo exterior e já sobe a R$ 4,9560.

Bolsas do exterior
Com o anúncio do Fed, as Bolsas de Nova York acabaram por encerrar sem sinal único, em um clima misto. O Dow Jones caiu 1,04% e o S&P 500 recuou 0,53%. Apenas o Nasdaq fechou com alta de 0,67%, aos 10.020,35 pontos – novo recorde para um fechamento. Fortaleceu o índice, as alta das ações da Apple, que bateu recorde ao ser a primeira empresa dos EUA a valer US$ 1,5 trilhão./MAIARA SANTIAGO

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