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Via Varejo aprova oferta subsequente de ações (follow-on)

(Foto: B3/Divulgação)

A Via Varejo (VVAR3) anunciou uma oferta subsequente de ações (follow-on) para captação primária de cerca de R$ 3 bilhões, segundo fato relevante divulgado na noite da quarta-feira (3). O Conselho de Administração da companhia aprovou a emissão de 220 milhões de novas ações ordinárias. A quantidade ofertada poderá ainda ser acrescida em até 77 milhões de ações.

A oferta é restrita e totalmente primária, ou seja, não haverá venda de participação dos atuais sócios. Todos os recursos captados vão entrar diretamente no caixa da companhia. Além disso, só poderão participar investidores institucionais, qualificados e acionistas atuais da companhia.

O início do período de subscrição está marcado para o dia 04 de junho enquanto seu encerramento está previsto para o dia 10. O preço será definido no dia 15 de junho.

Essa oferta era amplamente esperada e o mercado já antecipou este movimento, assim esperamos impacto levemente positivo no preço das ações da Via Varejo (VVAR3) no curto prazo.

Geralmente há um impacto negativo no preço das ações no curto prazo quando a empresa anuncia uma oferta subsequente de ações (follow-on), principalmente próxima da data de definição de preço, em que os investidores institucionais costumam pressionar um pouco para baixo o preço.

No caso da Via Varejo, acredito que o impacto será positivo no médio e no longo prazo, pois a empresa irá reforçar o seu caixa para financiar o forte crescimento do varejo eletrônico.

As captações da Magazine Luiza (MGLU3) e da B2W (BTOW3), pares do setor, foram importantes para ambas as companhias. Agora finalmente chegou a vez da Via Varejo resolver o seu problema de liquidez.

Considerando que a dona do Ponto Frio e das Casas Bahia encerrou a última quarta (3) com o valor de mercado de R$ 17,5 bilhões, a oferta de ações de R$ 3 bilhões é significativa.

A Via Varejo tem um vencimento relevante de dívida corporativa, uma nota promissória, no valor de R$ 1,5 bilhão em setembro de 2020.

Os follow-ons realizados por Magazine Luiza (MGLU3) e B2W (BTOW3) reduziram significativamente suas respectivas alavancagens, medidas por meio do múltiplo Dívida Líquida/Ebitda 12 meses. Hoje, a Via Varejo detém a menor posição de caixa entre as três.

A injeção de capital no caixa da companhia vai chegar em boa hora, pois a empresa tinha apenas R$ 76 milhões de caixa líquido ao final de março de 2020.

O Acionista que não exercer sua Prioridade de Subscrição ou exercê-la subscrevendo quantidade de inferior à sua respectiva proporção na posição acionária será diluído em até 14,5 por cento após a conclusão da Oferta Restrita na oferta base.

Com o surgimento da pandemia, o papel chegou a atingir a mínima de 4,10 reais no dia 03 de abril. De lá para cá, as ações de recuperaram, animadas por declarações de seu CEO sobre os avanços do e-commerce da companhia em meio ao fechamento das lojas físicas e também pela crescente expectativa do mercado da confirmação da oferta de ações.

Considerando o preço de fechamento da última quarta, já são impressionantes 228,8 por cento de alta desde a mínima recente no início de abril.

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